Abrindo os custos – Viagem de 10 dias à Patagônia (Argentina e Chile)
Quando decidi ir à Patagônia (com breve parada em Buenos Aires), foi no momento do estouro do dólar no início de 2015. Esperava, com isso, fazer uma viagem mais barata do que ir para a Europa. Para minha surpresa, fui descobrindo dia-a-dia que apesar lindo e maravilhoso, a minha premissa de custo não seria atendida.
Fui em casal então os custos tendem a ser um pouco mais altos. Ao todo foram 10 dias, sendo 7,5 dias na Patagônia (5,5 na região de El Calafate na Argentina e 2 em Torres del Paine no Chile) e 2,5 em Buenos Aires.
Gasto Total: R$ 7,846/pessoa
Este valor inclui todos os gastos durante a viagem, exceto compras (seja souvenirs ou outros items pessoais). Todos eles detalhados abaixo, sempre no custo por pessoa.
As cotações da época, já com IOF:
- Peso Argentino: 1 = R$ 0,375
- Peso Chileno: 1 = R$ 0,058
- Dólar: 1 = R$ 3,23
Passagem Aérea para El Calafate, com escala em Buenos Aires e stop over de 2 dias na volta – R$1,794
O voo foi pela Aerolíneas Argentinas, saindo de Guarulhos, parando no Aeroparque, Buenos Aires. Sai as 5:50 do dia 1/mai e volta 9:40 do dia 11/mai.
Acho caro, comprei com pouco menos de 2 meses de antecedência.
Transporte (Aluguel do carro, gasolina, taxa de travessia de fronteira etc.) – R$ 3,917/casal ou R$ 1,958/pessoa
Alugar o carro não foi uma decisão fácil, pois custou (só o aluguel) por uma semana R$ 2371. Além dos R$ 493 para poder cruzar a fronteira para o Chile. No final, teve ainda quase 600km excedentes – R$ 379. Além da gasolina, R$ 498. Total de R$ 3773. Foi bom ter o carro, a comodidade, etc. Se valeu a pena, eu não sei dizer… Acho que ganhamos tempo e conforto. Financeiramente, certamente foi o aluguel menos vantajoso que já fiz em viagens. Foram ao todo quase 2000 km.
Vale dizer que o seguro do carro, que normalmente pego no cartão, funciona diferente na Argentina. Acabei contratando.
Os demais custos, são taxi do aeroporto (120-150 pesos), transporte público (3 – 5 pesos/viagem) em Buenos Aires).
Alojamento/ Hotéis – R$ 3,113/casal ou R$1,556/pessoa
Na Patagônia, foram hotéis relativamente bacanas , e um bem bacana – em Torres del Paine (R$533/dia). O mais barato foi um hostel em El Chalten (R$234)
Em Buenos Aires, um Ibis no centro, R$ 243 a diária com café da manhã. Caro para dedeú, como diria minha mãe, pensando que no Brasil é R$ 80-120 o mesmo tipo de hotel.
Média por dia foi R$ 311, mas pensando que o mais barato foi R$ 234, parece que o espaço para economizar com conforto não era muito grande.
Alimentação (almoço, janta, café da amanhã, snacks, cafézinho da tarde ou da noite etc.) – R$ 2,705/casal ou R$ 1,352/pessoa
As refeições são um misto de lanches para levar em trilhas e jantas bacanas na cidade. Tudo bem caro. Em Buenos Aires, de novo, para comer qualquer coisa mais ou menos, outro chute naquele lugar.
R$ 135/dia por pessoa!!!!! Na minha última viagem para os EUA esta média ficou em R$ 111, ou seja, caro demais!
Quando fizemos uma refeição (nem todo dia almoçamos), a média foi de R$ 65/pessoa. O mais caro foi no restaurante do Hotel em Torres del Paine, R$170/pessoa.
Turismo/ Diversão (tours e entradas em parques) – R$ 1.990/casal ou R$ 995/pessoa
El Calafate, preço por pessoa:
- Entrada Perito Moreno (200 pesos) – R$ R$ 72
- Mini Trekking (920 pesos) – R$ 380
- Tour Rios de Hielo (1200 pesos) – R$ 448
Buenos Aires, Show de Tango no Café Tortoni: R$ 94
Outros (Seguro Viagem, Roupas e lenços de nariz) – R$ 241/pessoa
Seguro Viagem: R$117/pessoa
Comprei uma calça a prova de água, luvas fortes e uma segunda pele para parte de cima – R$ 120. O resto eu já tinha.
Compras / Souvenirs (NÃO INCLUSO NA CONTA GERAL)
Um dia a Argentina foi um bom lugar para compras, porém, não é mais. Alguns exemplos:
- Imã de geladeira – 25 a 45 pesos
- Pins (broches) – 30 – 45 pesos
- Conjunto de prata com Rodocrositas (gargantilha e brincos) – 300 pesos
- Anel de prata – 180 pesos
- Duas bolsas de couros e uma carteira – 950 pesos
- Três camisas originais de futebol – 2097 pesos
- Caixa de 12 alfajores Cachafraz – 160 pesos
- Imã no Chile – 4300 e 5900 pesos chilenos
Conclusão e considerações finais da viagem para Patagônia
Que paisagens maravilhosas! Que coisa cara! Realmente os custos foram muito além do que eu imaginei inicialmente, a começar pela passagem aérea e depois ao consultar cada passeio e por fim sentando-se para cada refeição.
Por sorte, eu já tinha coisas como segunda pele para a parte debaixo, blusa corta vento, tênis de trekking. Não ter estas coisas faria com que tivesse que comprar ou alugar lá, é certo que não seria dos mais baratos.
Baratear esta viagem seria possível principalmente não alugando o carro e ficando em hotéis mais simples. A parte do carro, talvez fosse necessário mais 1 ou 2 dias por conta da logística limitada que tem na Patagônia. Outra forma, claro, é fazer a sua própria comida, coisa de mochileiros mais aventureiros.
Todos custos foram controlados utilizando o aplicativo “Travel Money” no celular.