Aulas de Inglês: Como Funcionam? Quais os principais Tipos e Métodos?
Embora nem todos saibam, existem diferentes métodos de aulas de inglês.
Esses tipos variados de metodologias servem para abranger os diferentes objetivos que os alunos podem ter, afinal, enquanto alguns precisam desenvolver maiores habilidades na leitura, outros procuram se comunicar melhor, ao passo em que um outro grupo pode precisar ter uma boa base na língua para os negócios e assim por diante.
Além disso, há cursos que priorizam métodos voltados à conversação e compreensão, enquanto outros adotam uma abordagem mais teórica.
O fato é que existem tipos de aulas de inglês para todos os gostos, objetivos e interesses, já que se trata da língua hegemônica, usada mundialmente no comércio e nas pesquisas.
Quer saber mais a respeito das diferentes metodologias e tipos? Acompanhe:
Como funcionam as aulas de inglês?
Precisar como funcionam as aulas de inglês é uma tarefa difícil, pois cada Instituição pode trabalhar com uma metodologia própria.
Mas, de modo geral, os alunos se inscrevem nas aulas, têm acesso ao material, que pode ser online, físico ou ambos, e os instrutores ministram o conteúdo.
A aquisição de vocabulário caminha junto com as regras gramaticais e a prática conversacional.
O material de apoio geralmente tem muitas atividades para fixação do conteúdo. Desse modo, o aluno consegue internalizar as regras com mais facilidade.
Além disso, vale ressaltar que a metodologia depende da finalidade do curso e da faixa etária dos alunos.
As aulas voltadas ao público kids e tens são mais lúdicas, geralmente com games e músicas e outras abordagens que buscam facilitar a apreensão do conteúdo de forma estimulante.
Durante as aulas, os alunos são encorajados a tirarem suas dúvidas, compartilharem suas vivências, situações em que a língua inglesa foi necessária, além de outras situações pertinentes.
Há cursos que possuem dias específicos voltados à conversação. Nesses casos, os alunos se reúnem para praticar a conversação e o diálogo, criando situações hipotéticas.
Metodologias para o ensino de inglês
Quando falamos em metodologia, não estamos nos referindo a abordagens ou tipos de aulas, mas sim em um conjunto de estratégia já elaborado e validado, em que a instituição se identifica e acredita ter um bom índice de sucesso.
A metodologia pode ser compartilhada por um grupo de profissionais a depender da finalidade do curso.
Atualmente, as metodologias de curso de inglês mais comumente adotadas são:
Sociointeracionista
Quem entende um pouco de pedagogia ou licenciatura conhece esta metodologia.
Trata-se do modelo de ensino mais moderno e comungado por teóricos como Piaget e Vygotsky.
O sociointeracionismo, aplicado ao ensino de língua estrangeira, enfatiza situações reais de interação em que o inglês pode ser necessário.
Desse modo, o foco não é em frases soltas que pouco fazem sentido à vida do estudante, mas busca desenvolver a competência linguística que o aluno precisa para compreender, comunicar-se e se fazer entender durante uma conversa em situações reais, como ao pedir uma informação, pagar uma conta, pedir ajuda, agendar um atendimento, apresentar o seu serviço, dentre tantas outras possibilidades.
Hoje em dia este é o principal método de ensino, inclusive é a metodologia defendida nos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais), de modo que todas as escolas e colégios brasileiros estão subordinados a ela.
Além disso, a metodologia sociointeracionista estimula também a reflexão sobre a língua e suas possibilidades de uso.
Áudio-oral
Também conhecido como audiolingual, esta metodologia parte do pressuposto de que os estudantes de uma língua, como forma de apreensão de vocabulário, devem ouvir e repetir as palavras desta língua.
Aqui, a partir de áudios ou pronúncia do instrutor, os alunos praticar a escuta e depois repetem as palavras e expressões repetidamente.
Trata-se de uma abordagem mais mecânica, afinal, consiste em um processo que busca internalizar o conteúdo pela repetição.
O ponto positivo do método áudio-oral é que se trata de uma opção rápida e eficiente para quem não precisa dominar um vocabulário amplo, mas o necessário para algumas situações corriqueiras.
É importante ressaltar que esta metodologia nasceu durante a Segunda Guerra Mundial.
Os soldados precisavam aprender línguas europeias para facilitar a dominação, mas não tinham tempo para sistemas complexos ou modulares de ensino.
Sendo assim, trata-se de uma abordagem que estimula a respostas de modo que o acerto é reforçado, enquanto os erros são ignorados, fazendo com que o aluno tente novamente até acertar.
Inspirado no behaviorismo, aqui podemos ver claramente a motivação utilitária da necessidade de adquirir uma nova língua em pouco tempo e com baixa complexidade ou princípios gramaticais.
Tradicional
A metodologia tradicional é pouco utilizada de forma exclusiva no ensino de língua estrangeira hoje em dia.
Isso porque este é um modelo arcaico que já foi superado há um bom tempo, principalmente após a verificação da necessidade da prática e da interação.
De modo geral, o método tradicional de ensino coloca o professor como principal agente.
Ele ministra o conteúdo e os alunos anotam ou eventualmente tiram uma dúvida ou outra.
Aqui, não há ênfase no objetivo do aluno, na sua prática ou nos seus interesses, apenas no conteúdo e no professor.
Adota-se, portanto, uma postura de palavra-tradução, regras gramaticais normativas e memorização.
Mas não é uma abordagem totalmente descartada, afinal, em alguns momentos, mesmo nos cursos adeptos ao sociointeracionismo, uma postura tradicional é necessária como estratégia de fixação de conteúdo.
Metodologia direta
Nesta metodologia, o professor continua sendo o agente principal do processo de ensino. No entanto, o aluno tem participação mais ativa no processo, pois a abordagem direta entende que a apreensão do conteúdo se dá a partir do contato direto do aluno com a língua, excluindo a língua materna como ponto de comparação.
As instituições e professores adeptos à metodologia direta não permitem, em nenhum momento, que a língua materna, neste caso, o português, seja adotado.
Quando o aluno não consegue estabelecer contato, pode recorrer à gesticulação, expressões equivalentes ou simulações para passar a sua mensagem.
Tipos de aulas de inglês
Agora você conheceu as metodologias para o ensino de língua estrangeira, vamos conhecer um pouco melhor sobre os tipos de aulas de inglês.
Isso porque diferentes instituições podem adotar a mesma metodologia e variar intensamente nos tipos de aula e suas abordagens.
As abordagens refletem os planos e a estruturação do ensino que a instituição adota.
Esses diferentes tipos são necessários porque diferentes grupos de alunos têm diferentes objetivos. Desse modo, os principais tipos de aulas de inglês incluem:
Instrumental
O inglês instrumental tem como premissa a necessidade de aprender a língua para uma finalidade específica.
Seja ela passar em um concurso público, passar no vestibular, na pós-graduação ou outros processos seletivos, entrar em uma universidade estrangeira, ingressar em um novo cargo que requer o inglês como segunda língua, fazer pesquisas e produções acadêmicas, turismo etc.
As pessoas que procuram por aulas de inglês instrumental não estão preocupadas em adquirir fluência e proficiência em todas as áreas da língua.
Elas querem se desenvolver em um contexto específico.
Desse modo, se um aluno busca ter aulas de inglês para turismo, por exemplo, certamente o instrutor não irá aprofundar em conhecimentos relativos a negócios, corporativismo, cadeia de produção ou uma linguagem acadêmica, por exemplo, mas certamente dará maior ênfase nas situações reais em que um turista pode estar submetido.
De modo geral, aqui, o foco é na leitura e na escrita.
Convencional
Já o inglês convencional, ao contrário do instrumental, busca abranger um leque mais amplo de possibilidades, contemplando diferentes contextos.
Essa é a forma mais tradicional, já que prepara o aluno para muitas situações.
No entanto, é a abordagem que requer mais tempo, já que muitos módulos compõem o curso.
As aulas convencionais de inglês são frequentemente pautadas nas premissas gramaticais e linguísticas do ensino de língua, usualmente divididas em capítulos, como simple past, past continuous, vocabular, e assim por diante.
O ponto negativo das aulas tradicionais ou convencionais é que normalmente os alunos são pouco estimulados.
Eles também têm acesso a pouca dinâmica, já que a memorização e as atividades ocupam praticamente todo o cenário.
ESL
Atualmente a abordagem ESL (English as a Second Language – inglês como segunda língua) é uma das mais eficientes.
Isso porque busca fazer o aluno internalizar o conteúdo não apenas por repetição, mas por um processo verdadeiramente imersivo.
Desse modo, o aluno é submetido a situações hipotéticas em que ele precisa desenvolver suas habilidades.
Sendo assim, na hora da necessidade, busca formas de se fazer entender e travar os diálogos propostos.
Na prática, aqui o aluno é imerso no contato com a língua, estudando não apenas fatos linguísticos e gramaticais, mas também culturais dos países que têm o inglês como língua materna, sobretudo Estados Unidos, Canadá, Austrália e Inglaterra.
Essa abordagem busca tornar efetivamente o inglês como segunda língua do estudante e, para isso, é necessário conhecer muito bem o vocabulário e as regras. Portanto, nada melhor do que vivenciar a realidade do país.
Por isso, uma das formas mais eficientes de adquirir o inglês como segunda língua é a partir dos programas de intercâmbio.
Além do intercâmbio, outro forma de adotar o ESL é ter nascido em países que têm o inglês efetivamente como segunda língua.
EFL
Embora a sigla seja parecida com a abordagem anterior, trata-se de um tipo distinto de ensino.
O EFL (English as a Foreign Language – Inglês como Língua Estrangeira) converge diferentes aspectos das abordagens mencionadas previamente para que o falante tenha esta língua como sua língua estrangeira.
Mas vale ressaltar que o conceito de língua estrangeira e segunda língua são diferentes.
Isso porque, para que um indivíduo tenha uma segunda língua, ele precisa dominá-la assim como domina sua língua materna. A diferente entre ambas é que, no dia a dia, ele pensa e vive de acordo com os padrões linguísticos da LM, mas é perfeitamente capaz de se comunicar e entender sem qualquer tipo de complicação.
Já o inglês como língua estrangeira é resultado dos cursos que fazemos ao longo dos anos.
Se você pretende começar a estudar a língua inglesa e eventualmente venha a se tornar fluente, provavelmente você terá o inglês como língua estrangeira, e não como segunda língua.
PNL
A PNL é uma sigla que remonta à Programação Neurolinguística.
Embora seja um conceito relativamente novo no Brasil, ou pelo menos muito segmentado, nos Estados Unidos é uma abordagem com grande número de adeptos.
Aqui, o ensino está atrelado à repetição de padrões, seja de fala, de pronúncia e de situações.
Um dos princípios da PNL é a modelagem, ou seja, busca-se criar conexões mentais entre objetos, situações, profissões e demais designações e seus respectivos nomes.
Vale ressaltar que a PNL está ancorada em princípios da psicologia. É sobre a maneira como o cérebro funciona e como ele pode ser treinado para o propósito de melhoria.
Além disso, se vale de abordagens que consideram o uso estratégico do hemisfério esquerda e direito do cérebro.
Esta parte se relaciona às funções e estilos de aprendizado que considera os campos visual, auditivo e sinestésico.
Em relação à aquisição de língua estrangeira, o modelo PNL explica como processamos as informações que chegam até nós de fora.
Baseia-se no trabalho de Richard Bandler e John Grinder.
Inicialmente reconheceram a importância do contato visual e do movimento na identificação de estados emocionais.
No entanto, a PNL suas derivações têm seus céticos.
Particularmente em termos de aplicabilidade geral em sala de aula, e como a PNL é comercialmente comercializada como um método de autodesenvolvimento, tende a ser vista como pseudociência, sobretudo pela falta de resultados empíricos.
CEFR (Common European Framework of Reference)
O Framework além de de orientar os formatos das aulas, também estrutura a divisão do níveis de de fluência de maneira simples para que todos possam facilmente comparar a proficiência.
Muitas escolas de inglês no exterior utilizam esta metodologia, por isso é o mais comum de encontrar quando vai fazer um intercâmbio.
A Fluencypass, por exemplo, uniu em um método integrado toda essa experiência com aulas, conversação e intercâmbio, então desde o início dos seus estudos a sua jornada será integrada com base no CEFR, baseado naa prática é constante para o estudante ter confiança e não travar na hora de falar.
Conclusão
Como mencionado, cada instituição tem o direito de escolher qual abordagem e qual metodologia seguir.
Nem sempre somos capazes de julgar qual o melhor, pois há muitas variáveis que interferem no resultado e na qualidade do ensino.
No entanto, conhecer um pouco melhor o que se tem à disposição nos ajuda a fazer escolhas mais assertivas e obter os resultados esperados.
Por exemplo: se você quer ser plenamente capaz de se comunicar e entender inglês, assistir a filmes sem legendas ou entender uma letra de música em língua inglesa, apenas um curso instrumental pode não ser suficiente.
O primeiro passo, portanto, é alinhar os seus objetivos, conhecer as instituições que você pretende cursar e verificar se irá conduzir aos resultados que você espera alcançar!
Uma excelente alternativa para quem quer aulas e inglês é fazer um intercâmbio! Quer saber mais e comparar com cursos de inglês do Brasil? Preencha o formulário abaixo e fale com agências para te ajudar a estudar no exterior!