O que aprendi viajando?

Há 8 anos fiz minha primeira viagem para o exterior e desde então foram 35 países, incluindo destinos “comuns” como França e EUA, assim como lugares menos óbvios como Japão, Bósnia, Bolívia, Romênia e até Kosovo! Em cada roteiro, muitas histórias e muitíssimos aprendizados, que vem de onde a gente menos espera… SEMPRE!

No meu intercâmbio fui parar na Irlanda, por todos aqueles motivos que os intercambistas bem conhecem: é um país com acesso fácil ao visto, relativamente barato, com possibilidade de trabalhar etc. No fim das contas, a decisão foi muito acertada. O irlandês é um povo acolhedor, simpático, divertido e a convivência com eles e com o europeu em geral é muito enriquecedor.

No Brasil temos duas manias complicadas: julgar as pessoas e não ser direto ao falar o que pensamos e queremos. Andar pela Europa é ter a certeza de que você poderá agir como quiser e ninguém vai te julgar. Ao mesmo tempo, é ter a certeza de que as pessoas não estão nada preocupadas com o que você está pensando. E se por acaso você tiver a oportunidade de falar com alguém e perguntar a opinião sobre algo, não espere afagos, espere a verdade… não é melhor assim? Não tem porque ter meias palavras, crescemos quando sabemos a real… crescemos quando dizemos a verdade de maneira transparente e direta.

Lago Pehoe uma das vistas mais fantasticas que ja vi, Patagonia, Chile
Lago Pehoe uma das vistas mais fantasticas que ja vi, Patagonia, Chile

Se de alguma forma a experiência do intercâmbio me ajudou a quebrar “preconceitos”, outras situações e lugares me fizeram mudar muito fortemente de opinião. Quando moleque eu costumava dizer que odiava mato, que eu era um cabra da cidade! Tolo, ingenuo e inexperiente. Não demorou muito, mesmo sem eu perceber, encontrei com a natureza e percebi que eu estava errado. Hoje posso dizer que gosto mais de viajar para ver belezas naturais do que para conhecer uma cidade. Viajar é estar aberto para mudar opinião, é ir para um lugar que não necessariamente é o seu top na lista, mas se encantar de maneira profunda e transformadora.

Por fim, o que aprendi de mais valioso em minhas viagens é que eu sou mais forte, mais independente, mais competente e ainda mais capaz de me virar do que pensava. Em vários lugares me deparei com a situação de ter que utilizar a mimica ou o desenho para poder me comunicar, como aconteceu na Romênia e no Japão respectivamente. Na Argentina tive que pedir dinheiro emprestado para um austríaco que havia conhecido há poucas horas.

Com eles, o jeito conversar desenhando! - Kyoto, Japão
Com eles, o jeito conversar desenhando! – Kyoto, Japão

Com tudo isso, o que posso dizer é que viajar me tornou, e me torna, a cada novo destino, uma pessoa melhor: menos preconceituosa, mais independente e com a certeza de que, se tudo der errado, ainda assim haverá alguém disposto a te ajudar, emprestando um dinheiro, se esforçando para entender o que você precisa ou até mesmo te acompanhando até o seu destino.

Viaje hoje, não deixe para amanhã! =o)

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Sobre o Autor

Eu e o Pavilão de Ouro, Kinkakuji em Kyoto, Japão

Homero Carmona, 30 anos, é administrador de empresas e blogueiro. Já publicou mais de 500 artigos em três sites (intercambioeviagem.com.br, homerocarmona.com.br e e-dublin.com.br – do qual foi co-fundador). Realizou dois intercâmbios (Irlanda e Argentina) e viajou a 35 países e mais de 100 cidades.

Homero Carmona

Blogueiro desde 2008, ano em que fez seu primeiro intercâmbio e começou a viajar por aí! Atualmente coleciona mais de 40 países no seu passaporte e sonha conhecer todos os 200 e poucos por este mudão a fora... Seu hobby é fazer com que mais gente viaje, todo dia, cada dia mais!

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