As Sete viagens que mudaram minha vida… E como…!
Cada viagem para um lugar novo muda a sua vida de uma maneira, seja este lugar Peruíbe ou algum recanto fantástico do exterior. Porém, alguns são especialmente transformadores, por suas peculiaridades, pelo objetivo da viagem, ou por algum fato específico…
Fazendo suspense, eis as 7 viagens que mudaram minha vida… Cada uma de jeito, mas sempre de maneira definitiva, e é difícil dizer qual delas foi mais revolucionária, pois mexem com coisas do fundo do coração e da alma, e quando é assim, quem define que mudança foi mais importante?
Japão…
Postei aqui, que realmente acho que eles estão em outro patamar de sociedade, por vários motivos. Mas os principais deles são o respeito e a confiança. Um lugar onde as pessoas realmente se respeitam, desde a infância… Apesar da ‘hierarquia’ tradicional, é impossível ver pelas ruas o desrespeito… Desde o mais básico, como ver que não se joga lixo no chão, até o fato de que roubos, assaltos etc., são coisas praticamente de outro mundo!
No Japão, lá aprendi que existe esperança no ser humano!
Irlanda
Lá fiz meu intercâmbio, quase 11 meses e um propósito que não saiu da minha cabeça – rever meus conceitos. A cada dia de trabalho, a cada viagem, a cada decepção, a cada novo cidadão que eu encontrava… uma história que eu observava e tentava entender, e sempre concluia com uma certeza e uma pergunta. A certeza, de que tinha cruzado um ser humano novo e especial, e a pergunta retórica – ‘e não que é possível ser feliz assim também?
Dublin, lá aprendi que tudo é possível e permitido, quem cria barreiras e preconceitos, somos nós.
Ubatuba
Eu era um jovem arrogante (como quase todo jovem), que achava que sabia mais do que realmente sabe. Achava que já tinha visto muito da vida e dizia a todos e a todo momento, com orgulho: ” eu odeio mato, sou 100% urbano”… Até que um dia, quase sem querer, pela primeira vez fui a uma cachoeira (apesar de arrogante, sempre fui curioso), e lá fui tocado pela natureza que me mostrou que eu estava errado, não conhecia nada da vida, nem a mim mesmo…
Na cachoeira do Prumirim, aqui pertinho, no litoral de São Paulo, aprendi que a natureza é fantástica e pode nos surpreender em qualquer parte.
Curitiba
Na primeira oportunidade de trabalhar longe de casa, fui logo cair em Curitiba… Hoje tenho amigos por lá, mas realmente é um povo fechado, e que, pelo menos, para mim demorou para abrir os braços. Em três meses por lá, nenhuma amizade e a “certeza” de que aquele lugar não era para mim’. Porém, nos últimos dias, me encantei pela mulher que me faz homem (e não mais moleque) há mais de 6 anos…
Em Curitiba, aprendi que, como diria o Teatro Mágico: ”Por que o mar não se apaixona por uma lagoa?” “Por que a gente nunca sabe de quem vai gostar?”
Gosto do exótico, do diferente… pelo gosto, e pelo gosto de ver a reação das pessoas ”mas o que você vai fazer na Bolívia?”. Em primeira instância, surgiu como a curiosidade de saber qual era aquele lugar que abria o vídeo do famoso Matt Harding… Em segunda, a necessidade de uma opção de um destino mais barato. E por fim, nenhuma delas mas a mais importante, é mais um canto maravilhoso e sagrado neste mundo de santa Pacha Mama.
No Uyuni, aprendi que se formos além do preconceito e dos paradigmas, podemos expandir ainda mais nossos horizontes e nos deparar com um mundo novo. Não é preço que vai faz algo interessante, tampouco a distância.
República Tcheca (a trabalho)
Sim, é uma glória, é uma realização ser cotado e enviado pela empresa para outro país como ”o especialista”. Porém, no país que te espera, reside uma grande expectativa e portanto uma enorme pressão. Por inexperiência em como lidar com este desafio, a primeira oportunidade foi traumática… Poderia ter sido muito mais fácil e eficiente, se soubesse dizer mais nãos, soubesse administrar melhor a pressão. No fim, o saldo foi positivo, acabei voltando mais duas vezes para lá e consegui administrar muito melhor as situações. Doeu, mas aprendi a lição…
Em Praga, descobri que viajar a trabalho pode ser legal, mas pode ser f… e pode até parecer uma oportunidade, mas as vezes se torna muito mais uma cilada.
Barretos
Barretos fez parte da minha infância, afinal a família da minha mãe é da região. Porém, tardei 14 anos para voltar lá. Aos 14, depois somente aos 28. Foram alguns dias antes de ir para Carrancas (cidadezinha fantástica cheia de cachoeiras em Minas). Nunca fui tão bem recebido e tratado em minha vida. Quando me diziam que era uma alegria me ver por ai…. eu realmente sentia que era sincero. Quando diziam que era para eu ficar a vontade, estava escrito nos olhos de quem o dizia. Quando me faziam alguma comida, ou um café, o tempero do interior me deliciava, mas o amor posto ali, é que me fazia genuinamente feliz.
Em Barretos, percebi o que realmente pode vir a ser qualidade de vida… Não é um índice, um Pib ou um ranking de IDH, e sim o carinho e o respeito que se recebe e oferece às pessoas com quem convive.
Reconheci na foto… no Prumirim foi onde escorreguei e rompi o ligamento do joelho. Altamente transformador 🙂
Hahaha… O lugar mudou vidas!! não foi só a minha! 🙂
Pingback: Qual o meu impacto? Maior do que eu pensava! - Por Outro Lado