14 fatos sobre dirigir na Patagônia – De El Calafate a Torres del Paine (Puerto Natales)
Dirigir pela Patagônia é algo prazeroso, porém cansativo. As distâncias são longas e precisa ter muita atenção na estrada. Tantopor serem rodovias de apenas uma faixa, como pelos animais que por vezes cruzam a pista loucamente.
Decidi por alugar um carro na Patagônia por alguns motivos. O principal foi para aproveitar melhor o tempo, e o outro motivo, foi para curtir a paisagem. Bom, mas como contar como é dirigir na Patagônia não é assim tão fácil, vamos ao fatos:
- No geral a rodovia é boa, bem sinalizada e em excelente estado de conservação (exceto um pequeno trecho que tinha algumas irregularidades na pista, nada muito grave também).
- Ainda do lado argentino, o existem duas opções de caminho. A mais curta passa por uma estrada de terra muito grande, mas dirigi por ali sempre entre 60-90 km, então é sim uma alternativa. No outro, a rodovia segue o mesmo padrão: uma pista para cada lado, bom asfalto. No geral, acho que a estrada de terra ganha um pouco de tempo mesmo.
- No lado chileno, é ok também. Para chegar no centro do Parque de Torres del Paine, tem duas opções. A opção mais curta (Milodon), não está cadastrada no google. Os chilenos disseram que economiza uns 20km, mas preferi não arriscar por não estar no mapa.
- Motoristas são educados e o movimento é muito pequeno. A viagem é muito tranquila.
- Animais ficam cruzando a pista o tempo todo, principalmente mais ao sul e no lado chileno. Você vai cruzar com vários defuntos de coelho no caminho. =/
- Na Imigração, tudo muito tranquilo. Para entrar no Chile, tem que preencher um formulário (aqueles de alfandega) e eles revistam o carro. Para entrar na Argentina é mais rápido, nada de formulários ou revistas.
- Evite pegar a estrada dentro de Torres del Paine a noite. Dois motivos: primeiro que você perde o visual, segundo que pode fazer a sua viagem mais demorada, são estradas de terra, subidas e descidas e um breu sem fim!Para entrar de carro no Chile com carro alugado, você precisa pagar uma taxa na locadora do carro. Tanto no lado argentino, quanto no chileno, tanto na entrada, quanto na saída, você precisa apresentar esta ‘autorização’ na aduana do país.
Ninguém cobrou (ainda bem e também não fez falta), mas na entrada do Chile – antes da imigração – tem uma placa dizendo que é obrigatório o uso de correntes no pneus. Eu tentei alugar, mas como não era temporada de neve em El Calafate, não tinham.
- Não existem pedágios.
- Encha o tanque antes de iniciar a viagem. Postos de gasolina são raros no trajeto. Se vir um, pare e encha o tanque, o próximo pode demorar.
- Se for até Torres del Paine, encha o tanque também em Puerto Natales. São 160km até o centro do parque de Torres del Paine, ou seja, só para ir e votar já vai 2/3 do tanque. Os locais, até levam um tanque adicional no porta malas, o que é proibido, mas é tão necessário que até um policial me sugeriu fazer isso.
- O limite de velocidade nas placas varia de 40 a 80km/h. Na prática, de 100 a 120km/h é bem aceitável. 80… afe, tédio eterno numa rodovia no deserto, retas infinitas!
- Não se vê polícia na rodovia… Para o bem, ou para o mal… Ninguém para encher o saco, ninguém para ajudar em caso de emergência. Ah! Não vi nenhum radar.
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