Dirigindo na Costa Rica
A primeira boa notícia é que sim, nós brasileiros podemos dirigir na Costa Rica! Ou seja, caso entenda que alugar um carro seja uma opção para sua viagem, as portas estão abertas.
Antes de falar da experiência de dirigir efetivamente, vou falar resumidamente da experiência de alugar um carro por lá. Para fazer a reserva online, tudo transcorreu como qualquer outro destino. Usei os buscadores como Expedia, Skyscanner etc. Para encontrar o melhor preço e então reservar na Alamo.
Acontece que na retirada do carro tive uma surpresa. Fui informado que eles tratavam de maneira diferente os seguros CDW (Collision Damage Waiver) de cartão de crédito (normalmente oferecidos como cortesia para clientes black e platinum). Fiquei com receio pois os procedimentos deles poderiam não ser aceitos pela bandeira do cartão e resolvi contratar também o seguro CDW deles, o que aumentou o valor do meu aluguel em escabrosos 70%!
Saindo finalmente para dirigir pelas noto um trânsito monstruoso na capital San José. Felizmente dirigi pouco por lá, mas é assustadoramente caótico para uma bem cidade pequena (350 mil pessoas) para quem está acostumado com Sampa como eu.
Partindo para as estradas, um ambiente montanhoso com muitas curvas e ótimo asfalto. Para quem gosta de dirigir é legal, ainda mais com tantas paisagens bacanas. Por outro lado, o zigue-zague faz com tudo parecer mais longe. A velocidade máxima que encontrei em todo país foi de 90km/h, sendo o mais comum 60 ou 80km/h.
80% destas rodovias tem apenas uma faixa para ir e uma voltar, sendo que muitas vezes não tem acostamento. Ou seja, se acontece algum acidente, está em obras ou acontece algum deslizamento de encosta (como aconteceu comigo), facilmente fecha-se uma pista ou a rodovia inteira. Aí o negócio é esperar.
Um ponto certamente irritante, é que a velocidade máxima muda a toda hora. Isso acontece porque o país é bem pequeno e as estradas passam por vários e vários vilarejos, então as placas de 80, 60, 40 e até 25km/h se alternam com bastante frequência.
Ao tentar chegar em praticamente qualquer lugar turístico (Monteverde, Rio Celeste, Vulcão Arenal, Playa Uvita, Tamarindo, Boruca) você invariavelmente vai passar por uma estradinha de terra, que normalmente (ou seja, usualmente, mas nem sempre) é bem ajeitada, porém rotineiramente com subidas ingrimes e contínuas.
Quanto aos motoristas costa riquenhos, nas estradas eles vão acima da velocidade, mas sem grandes exageros. Algumas ultrapassagens são meio perigosas, mas nada a se comparar com o Panamá. Na cidade (leia-se, em San José) é um salve-se quem puder. Ninguém deixa você entrar, furam fila para entradas de conversões etc.. Não chego a dizer que é perigoso, mas é preciso ”se enfiar” para conseguir sair do lugar as vezes, principalmente quando tudo está travado.
A gasolina é vendida como Regular ou Super e tinham o preço de aproximadamente US$ 1 (em dez/15). A super era 5% mais cara.
A minha recomendacão é que compre um chip local para seu celular e use o Waze para fugir do trânsito, evitar rodovias bloqueadas e para se localizar no mapa, pois achei as sinalizações pobres. Quanto aos radares, o cara da locadora disse que haviam alguns, mas eu vi exatamente 2 e no Waze não estava reportado nenhum.
Para concluir, digo que para quem dirige no Brasil, não há motivo para receios para arriscar umas manobras na Costa Rica!