Costa Rica, dia 9 – Borucas, praias e viagem pelo interior
Depois de conversar com alguns mochileiros decidi que San José talvez não fosse o mais importante e que provavelmente valeria mais a pena aproveitar o último seguindo outros caminhos.
Saí por volta de 9:30 de Uvita em direção sul com rumo ao povoado indígena dos Borucas. Este era o destino final, mas claro que o caminho não poderia ignorar as praias que estavam a poucos metros de mim.
A primeira foi a praia Ballenas que também faz parte do Parque Marino Ballenas, em frente a estra praia fica um pequeno arquipélago que também faz parte do parque nacional por ser destino das baleias. A entrada era US$6 novamente, mas o segurança falou que se fosse menos que 10 minutos, não cobraria. Dito e feito. A praia era legal, mas nada demais, tirei as fotos e parti.
Depois, fui à Playa Ventanas. Neste caso, a cobrança era de 1500 colones para o estacionamento. Novamente não precisaria pagar se fosse apenas 10 minutos. A priori seria, mas na resisti e fiquei mais! A prainha é muuuuuuuuuuito legal, tinha um vendedor de raspadinha e o nome da praia (ventanas = janelas) se dava por conta de um tunel natural nas rochas. Espetacular!
A última, foi a Playa Tortuga. Frustrante.
Daí então começou a viagem morro acima rumo aos Borucas. Foram 9km de estrada de terra, bem ingrime no geral e com trechos relativamente ruins. A paisagem do caminho de ida e volta é recompensadora.
No vilarejo dos Borucas, foi a um pequeno museu gratuito (que pede apenas por doações) e fui guiado pela Andrea (meia Boruca, meia ”Joseense”) que cuida do museu. Contou as lendas, tudo muito simples, mas muito interessante. Por exemplo, em uma das pinturas do museu, está o índio mór da resistência contra os espanhóis, mas não aparece o rosto dele. A Andrea explicou que isso foi feito assim porque o artista que pintou disse não se sentiu digno de pintar o rosto deste índio maioral! Louco, não é?
Eu perguntei sobre um restaurante ou algum lugar para almoçar e ela disse que todo turismo (hospedagem ou refeições) são combinados com os próprios Borucas. Acabei almoçando na casa dela, por 3000 colones. Comi relativamente bem, tinha um bolinho de mandioca sensacional. O resto estava ok, mas o legal foi comer conversando com o Tiozinho Boruca que colocou um vídeo e foi explicando a história toda.
Por fim, fui na lojinha de artesanados. Tudo muito bonito mesmo, as tradicionais máscaras Borucas custavam de 10 a 40 dólares. Tinha coisa que era arte de primeira mesmo, muito legal.
Hora de viajar para San Jose. Foram aproximadamente 4 horas em uma boa estrada, mas cheia de curvas e com chuvas e neblinas intermitentes. A visibilidade era baixíssima, mas se o tempo estivesse bom, certeza que as paisagens seriam lindíssimas. O por do sol ensaio a sair, mas foi vencido pelas nuvens.
Em San José fui ao Shopping para comprar um encomenda (meu irmão coleciona camisas de times de futebol) e dei uma olhada nos preços em geral. De roupas, a eletrônicos e acessórios esportivos, tudo regula muito em preço com o Brasil. Visto a condição atual da cotação, comprar no Brasil valeria mais a pena para tudo que olhei.
Dia 10 é hora de partir, então é arrumar as malas com os souvenirs e compras e partir de volta para o Brasil, com mala cheia de boas histórias! =)