Roteiro de Viagem: Um dia em Phnom Pehn (Camboja)
A minha passagem por Phnom Pehn durou menos do que 24h, e eu diria de antemão que o ideal seria realmente um dia completo. Acabou que por conta do meus voos, cheguei na cidade 20h (vindo de Siem Reap) e o voo de saída (para Hanoi/Vietnam) era as 17:50, não cheguei a ter um dia completo na cidade. Ah, escolhi ir de avião (aprox. US$100) por uma questão de tempo, mas ir de Siem Reap de ônibus leva 6h e custa US$15-20.
Na chegada, peguei um tuktuk no aeroporto e fui para o hotel direto (The Artist Guesthouse, médio, mas do lado de algumas atrações principais). O traslado custou US$ 8. Com o mesmo tuktuk já negociei o dia seguinte. Ele me pegou no hotel as 10h e me levou para os outros pontos turístico mais distantes e depois para o aeroporto. Tudo pode US$ 23. Pelo que li antes, poderia ter sido mais barato.
Primeiro, fui ao Palácio Real (duas quadras do hotel). Entrada a US$ 6,50 e um guia se ofereceu por US$ 10 – valeu a pena. Para o passeio, vá com uma roupa que cubra os joelhos e os ombros. Se estiver com uma roupa inadequada, vendem um pano ou uma calça na entrada por US$3. O tour durou cerca de 50 minutos e é bem interessante, explicam como o rei é coroado para que serve cada salão e o motivo da construção. A Silver Pagoda faz parte do complexo e está incluso no ingresso. Tem este nome, pois o chão é todo coberto de ladrilhos de prata (diferentemente do Ginkakuji em Kyoto/Japão, que tem o nome por conta do telhado que brilha no luar).
Depois, fui ao museu nacional, justo ao lado do Palácio Real. US$ 5 a entrada, e a visita toma menos de 30 minutos, a não ser que você goste mesmo de museu.
As 10h, encontrei o tuktuk em frente ao hotel e fui ao Wat Phnom. É onde a cidade começou, segundo a lenda uma senhora chamada Penh encontrou Budano fundo do rio e guardou no topo desta montanha como um lugar sagrado e daí vem o nome da cidade: Phnom (monte) Penh (a tal senhora). Não há nada de especial para ver. Está no alto da montanha e nada se consegue ver, mas é um ‘must see’ da cidade.
Vinte minutos de tuktuk, cheguei ao Toul Sleng, a prisão S21 da era da ditadura comunista de Pol Pot. O lugar era uma escola que foi transformada em uma prisão de 1975 a 1979. O guia que nos instruiu era um sobrevivente do período e explicou com uma riqueza de detalhes bem legal. Não era cobrado nada pelo guia, mas demos US$10. O passeio tomou uma hora.
Na saída o motorista do tuktuk comprou máscaras e nos deu. E fica a dica, comprem máscara. A poluição e as ruas de terra fazem o ar irrespirável em um transporte aberto com o tuktuk.
Trinta e cinco minutos no tuktuk, cheguei ao Killing Field de Choueng Ek. O lugar onde a barbarie tomou conta como aconteceu em Auschwitz (30 anos mais tarde). Era lá que os prisioneiros do Khmer Rouge (o partido comunista do ditador Pol Pot) eram assassinados e enterrados. US$ 3 a entrada já incluindo o audio guide que precisa ser ouvido inteiro, é ótimo, conta a história muito bem. Hoje o lugar é ‘bonito’, mas é absolutamente sombrio por tudo que aconteceu e pelas marcas (ossos, tumulos coletivos e roupas das vítimas).
Depois, em 50 minutos chegamos ao aeroporto e encerremos o dia. Se tivesse mais tempo, teria mais uns dois ou três lugares para conhecer, como por exemplo o Mercado Central e o Monumento da Independência.
Em suma, um dia realmente foi suficiente. A cidade, fora estes marcos, é só uma cidade grande de um país subdesenvolvido sem muitos atrativos na rua. Invista mais tempo no Camboja em Siem Reap.
A parte chata…
– Mendigos – normalmente vítimas mutiladas na guerra e crianças – abordando a todo momento para vender algo ou pedir esmola. Vale dizer que em nenhum momento isso pareceu uma ameaça/risco, foi apenas chato pela quantidade.