Roteiro de Viagem – 3/4 dias em Siem Reap, Cambodia

A cidade de Siem Reap é, ao contrário do eu imaginava, grande. Certamente cresceu enquanto seu templo foi reformado. Aliás,  vem sendo reformado.  Os diversos templos Angkor estão em revitalização, todos eles bancados por outros países,  entre eles Alemanha, Índia e China.

O lugar é um pedaço sagrado, tanto para hinduistas como para budistas. Inicialmente o grande templo era hindú, mas conforme mudou o rei (desde ~900 quando começou a ser construído), mudou a religião e as coisas se misturaram e ficaram ainda mais pitorescas.

Dia um- Chegada e passeio no Angkor (Pequeno Circuito)

Ao reservar o hotel no booking, o hotel já mandou um email oferecendo um tuktuk (abaixo) para nos pegar no aeroporto.Gratuito.

Chegamos no hotel as 10h e por volta de 10:40 saímos com o tuktuk novamente. 15 dólares para o dia todo levando nos diferentes templos. Ótimo! É tudo absurdamente longe. Não tem como fazer a pé ou de bicicleta no calor de 30 graus e só com 3 dias. O ingresso é para 3 ou 7 dias. O de 3 dias, custa US$40/pessoa.

Começamos pelo principal, Angkor Wat. Cerca de 2h e pegamos um guia por mais 15 dólares, vale a pena para não ficar boiando e saber o porque aquilo existe. Eles ficam na porta do templo,  se oferecendo. Não é difícil achar um.

Angkor Wat, o fantástico, em Siem Reap, Camboja
Angkor Wat, o fantástico, em Siem Reap, Camboja

Depois vai passando por templos menores até chegar no Bayon,  que é muito legal também,mas perde o encanto depois de ver o Angkor.

Por fim, subimos para ver o por do sol no templo Phnom Bakheng.  Precisa chegar um pouco antes das 17h porque depois de um certo tanto de gente já barram.  Valeu a pena os 15 min de caminhada.

A noite,  exaustos, jantamos e demos uma volta pelo Night Market.  Bons preços e tudo sempre negociável.

Ah, rolou ainda uma massagem no pé,  no Pura Vida. 3 dólares, 30 min. Justo não?  =)

Dia 2 – Sol Nascente, Grande Circuito e Ladie`s Temple (Banteay Srei)

Ver o sol nascer foi muito legal! Ótimas fotos, ambiente legal e tudo. A parte triste ficou para o fato de sair as 5:10 da manhã e de que o tempo estava bem fechado, então pouco pode ser visto. Ah, avisando o hotel, eles fazem uma marmita de café da manhã.. Legal né?

Depois fomos ao Ladies Temples, cerca de 45 minutos de tuktuk. O templo é legal, apesar de depois de ver os templos principais, tudo fica meio repetitivo. Achei as esculturas talhadas nas pedras mais legal neste templo.

Na volta, passamos por vários templos menores, nenhum com um grande destaque, mas um passeio que valeu bem a pena.

Depois de ter saído as 5 da manhã, chegamos de volta no hotel antes das 13h, já almoçados. Aproveitamos para pegar uma piscina e tomar um banho.

No fim da tarde, saímos para um café e para ir ao templo budista (Pagoda), o Wat Preah Prom Rath. Depois, uma voltinha e umas comprinhas básicas no Old Market. US$2 uma camiseta de criança, US$3 uma calça de criança, US$15 um lenço de seda feminino.

Wat Preah Prom Rath no centro de Siem Reap, Camboja
Wat Preah Prom Rath no centro de Siem Reap, Camboja

Dia três – Floating Village (Komplong Pluk), Templos do Roluos Group e Museu Nacional do Cambodia

Finalmente um dia em que tivemos uma noite de oito horas de sono, o que fez acordarmos mais animados. Fomos primeiro para a Floating Village de Komplong Pluk. Fica a uma hora de tuktuk de Siem Reap. Chegando lá, paga-se US$20 para os locais que te levam de barco até a vila, que fica a uns 30 minutos dali. A primeira parada (depois de passar por boa parte da vila), é um ‘porto’ onde você é compelido a fazer um passio de canoa pelo meio da vila e pela ‘floresta’ submersa. É legal, mas ninguém te avisa que vai ter isso, ai fica aquela sensação de ser enganado. Enfim, depois, para em um restaurante/ porto que te compelem a sentar. No meu caso, falei que não queria o meu barco e os comandantes (10 e 14 anos respectivamente) já estavam a disposição. O último ato é uma volta muito rápida pelo Tonle Sap Lake.

O passeio é legal, mas a parte chata fica por conta das amolações. Primeiro, a história da canoa, que te ‘forçam’ a fazer o passeio de US$10, sem aviso prévio. Depois para em um restaurante para comer sem pedir e como se não tivesse escolha. E, ao longo de todo passeio, canoas e barcos locais encostam no seu barco ficam oferecendo coisas. Você recusa água, oferecem biscoto. Recusa, oferecem para você comprar para as crianças pobres. Recusa, oferecem livros para serem doados às crianças. Chato, foram pelo menos três abordagens em 30 ou 40 minutos. Eu até aprendi um mantra: ”I’don’t want anything! I’don’t want anything! I’don’t want anything! ”

Apesar dos templos Roluos serem os primeiros e, portanto, mais antigos dos templos do império Khmer (que construiu todos os outros), depois de ver Angkor Wat, Angkor Thomb, Bayon, estes ficam mais sem graça. Foram três, o terceiro gostei bem, por ser o maior e também mais bem cuidado. Você entra lá com o mesmo ingresso do Angkor Wat.

Prasat Bakong temple em Siem Reap, Camboja
Prasat Bakong temple (Rolous Group) em Siem Reap, Camboja

Depois, fechando o dia, fomos ao Angkor National Museum. US$12 e conta um pouco da história do império Khmer e a relação com o hinduismo e budismo. Em uma hora e meia fizemos tudo e valeu a pena. US$ 3 o audio guide.

Dia quatro – Workshop Artsans Ankgor e relax (desnecessário, 3 dias seriam suficientes)

O quarto dia, foi apenas metade e foi um dia ”perdido”. Pela manhã demos uma volta pela cidade, tomamos um café e fomos até o jardim de Palácio Real. É um palácio secundário, visto que o rei fica mesmo em Phnom Penh. Depois, fomos ao Workshop / loja Artsans (do lado do hotel). Você pode ver o pessoal esculpindo em pedra, pedra sabão e madeira. Tem também uma loja com o nível de qualidade (e preço) muito acima do resto das lojas da cidade. Mas, visto a qualidade, tem coisas que podem valer a pena: Carteira por US$13, bolsa por US$19, lenços por US$15. Tinha roupas (de seda), esculturas de todos os tipos e perfumaria.

Para fechar a viagem, um pequeno susto. A Cambodia Ankgor Air trocou o horário do voo (para as 18:35) e não avisou. Só descobrimos pelo App Worldmate, que ainda assim estava erradamente atualizado (mostrava 17:35). Compramos originalmente para as 20h.

Considerações Finais

  • Três dias seriam o suficiente para fazer tudo com certa calma (desde que você pegue o tuktuk particular para te acompanhar durante o dia). O quarto dia foi quase nulo, e diria até que para fazer o principal, dois dias inteiros é suficiente, pulando o Komplong Pluk e o Roluos temples.
  • Ficamos no Hotel Bayon Boutique. Muito bom serviço, atendimento, bem localizado. Recomendo.
  • A parte chata fica pelos vendedores. Eles são impertinentes, te seguem, repetem seguidamente a mesma coisa, te atacam em bando. Terrível, não tem como não se irritar, se fossem menos afoitos, talvez eu tivesse até gastado mais, dá preguiça de perguntar o preço hehe.
  • Ah, em alguns lugares também tem bastante mendigos. Sem perigo, mas muitas abordagens.
  • Visto que tudo é meio barato, é arriscado você gastar demais hehe. Compramos, compramos, compramos e gastamos juntos R$ 250 (4 calças, 3 quadros, 3 lenços, 5 imãs, 3 roupas de criança, 2 bibelôs, 1 carteira, 1 anel de prata, 1 camiseta feminina, 1 livro sobre Ankgor Wat)

Homero Carmona

Blogueiro desde 2008, ano em que fez seu primeiro intercâmbio e começou a viajar por aí! Atualmente coleciona mais de 40 países no seu passaporte e sonha conhecer todos os 200 e poucos por este mudão a fora... Seu hobby é fazer com que mais gente viaje, todo dia, cada dia mais!

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