Roteiro de Viagem na Holanda: Amsterdam e interior

Meu roteiro de viagem na Holanda foi tanto especial quanto peculiar. Primeiro porque combinei minha viagem com alguns compromissos de negócios e segundo porque voltei completamente apaixonado pelo país.

Antes contar a minha experiência, deixo aqui uma sugestão de rota com base no que vi e no que estudei.

Roteiro sugerido de Viagem na Holanda (15 dias)

  • Amsterdam – 3 ou 4 dias. Você conseguirá conhecer todo o centro, os principais museus, ver o por do sol em lugares diferentes da cidade e experimentar várias guloseimas locais
  • Arredores de Amsterdam – 2 dias. Tem várias cidadezinhas tradicionais lindas ao redor de Amsterdam. Planejando bem, você vai conseguir aproveitar Haarlem, Zaanse Schans, Edam, Volendam, Marken e até outras.
  • Haia, Delft e Região – 2 dias. Alem das duas cidades, você conhecer o parque de Keukenhof (parque das tulipas) dependendo do período do ano. Além disso, tem a famosa praia Scheveningen.
  • Kinderdijk e Gouda – 1 dia. Próximos à Roterdã, são dois dos principais destinos. Kinderdijk tem um parque espetacular com os famosos moinhos e Gouda traz toda tradição dos queijos holandeses.
  • Maastricht – 2 dias. A cidadezinha é muito aconchegante e tem diversas atrações. Se você tiver a oportunidade (como eu tive) de visitar no carnaval, vai ficar melhor ainda! 🙂
  • Norte Holandês – 2 dias. Vale a pena conhecer o vilarejo de Giethoorn, um lugar sem carros e procurar outros destinos, como Groningen na região. Além disso, tem o fator distância, 2 a 4 horas de viagem na Holanda já é bastante coisa.
  • Utrecht – 1 dia. A pequena cidade a menos 1 uma hora de Amsterdam tem um charme especial, além do castelo De Haar.
  • Uma viagem como esta, espere gastar por volta de ~R$ 20.000 / casal. Veja os detalhes dos custos de viajar pela Holanda aqui.

Na prática, o meu roteiro foi diferente disso, pois eu conciliei a viagem com um mini intercâmbio de negócios (principalmente na primeira semana) e com trabalho remoto (tanto eu, quanto minha esposa). Visitei quase todos os lugares citados, outros ficou aquele gostinho de quero mais.

Agora, o detalhe dia a dia…. Vamos embarcar? 🙂

Se preferir, assista em vídeo!

Dia 1 – Viagem, chegada à Holanda e centro histórico

Fiz uma viagem tranquila, comida boa no avião, no voo da KLM. Apesar de tranquila, por ser um voo direto, é sempre cansativo.

Na chegada, ficamos “presos” na sala de desembarque uns 20 minutos sem saber o porque, provavelmente por lotação no salão de imigração. 

Na saída, pedimos um Uber do aeroporto  e gastamos 28 euros para ir até o AirBnB, que era um pouco fora do centro, mas muito fácil acesso.

Antes das 13h estávamos com o Check-in feito e fomos cuidar de algumas “burocracias”

  • Comprar o Cartão de metro/tram/onibus – 19 euros para 72 horas
  • Comprar chip de celular – 20 euros cada, vodafone, 3gb (promoção +3gb)

Daí foi hora de passear pelo centro: Central Station, Igreja San Nicolas,  canais, vilarejo Begijnhof etc. O por do sol foi no café Blue Amsterdam – vista excelente, mas é preciso chegar “cedo” porque é pequeno. Fica na Kalverstraat – rua e área de compras.

Depois, foi hora daquele passeio inevitável noturno pelo Red Light District, região famoso pelas prostitutas na “janela”. Onde há uma luz vermelha próxima à janela, pode haver uma profissional do sexo!

Dia 2 – Centro e museus

O segundo dia, já mais disposto depois de uma noite bem dormida, foianda mais intenso em passeios.

Com a ressalva de que alguns museus só abrem após as 13h no domingo, optamos por duas coisas:

  • Museu da Casa do Rambrandt – 14 euros –  conta a historia dele, casa interessante, faz em 1 hora e pouco. Único que tinha áudio em português. Comprei o ingresso na hora.
  • Oude Kerk – 12 euros – faz em 40 minutos. Não tem nada muito espetacular apesar de bonito e interessante. Comprei ingresso na hora tamb[em.
Relaxando no castelo Muderslot em Muiden, próximo a Amsterdam, Holanda

Na parte da tarde, tinha compra ingresso (antecipado, pela internet, por 15,50 euros) para o Castelo Muderslot. Fora de temporada, só abre aos domingos. É um lugar para passeio de família para os holandeses, tinha bastante criança e tudo. 

De qualquer forma, gostei muito do castelo e dos jardins, tudo muito bonito, além do “gracioso” vilarejo de Muiden, onde almocei por 51 euros. Ah, vale dizer que Muiden e o castelo ficam a quase 1 horas de distância de Amsterdam.

Por sorte, ainda deu tempo de fazer mais um passeio na volta à Amsterdam. A igreja escondida – Ons Lieve Heer op Solder. Custou 12,50 euros, comprei na hora, e é muito legal mesmo. Fiz em 1 hora ou menos e conhecia história super interessante sobre a opressão protestante sobre as outras religiões. 

Algumas notas de rodapé para este dia 🙂

  • Pedi Ubers para ir e voltar da estação e ganhar tempo no caminho para Muiden… 20 euros a mais, economizamos 1 a 1,5 hora. Valeu a pena, conseguimos aproveitar o dia em mais 2 museus
  • Todos museus muito simples e intuitivos. Todos incluem audio-guide
  • Almoço em Muiden – 51 euros

  • Janta no Pasta Factory – 42 euros

  • Café brunch – 13,20 euros

https://www.instagram.com/p/BuSA6H0BVFH/  

Dia 3 – Van Gogh e Vondelpark

Chegou a hora de ir ao Museu do Van Gogh!

Marcado para a 1 primeira hora (9 da manhã), com ingresso comprado antes, por 24 euros por pessoa. É preciso “reservar” um horário. Então compre antes, planeje! O passeio demorou, 90 minutos, para mim que não fico muito pirando em cada pintura ou descrição.

O Museu do Van Gogh conta a história dele e tem as principais obras. Além disso, tem algumas obras e algumas histórias relacionadas a outros artistas do círculo de amizade dele. Foram apenas 10 anos de produção artística, até cortar a orelha e se matar. Mas deixou muita riqueza.

Depois, foi hora de passear um pouco pela Museumplein (praça dos museus) e tirar algumas fotos. Para os animados, tem vários museus, dentre eles, o Rijks Museum, o maior e mais imponente deles.

Em 5 minutos de caminhada, chega-se ao Vondelpark, o mais famoso da cidade. Passeio muito gostoso, sem nenhuma graaaaande atração, mas que vale a caminhada. Em 45 – 60 minutos você conhece o parque todo.

A tarde e a noite, foi momento para meu intercâmbio de negócios. Um café com Networking com um engenheiro de software da Uber e um Meetup na parte da noite.

Ah, de tarde ainda deu tempo de andar um pouco pelas margens do rio Amstel, perto do meu AirBnB e tomar um lanche no tHUIS aan de AMSTEL pestiscos, café e brownie excelentes!

Dia 4 e 5 – Compras

Como falei antes, minha primeira semana, os dias úteis foram focados no meu intercâmbio de negócios na Holanda. Os dias 4 e 5 (terça e quarta), eu tive diversos cafés, visitas e meetups. Turismo ficou com poucas horas do dia.

No dia 4, depois de um cafezinho de negócios, aproveitei a proximidade e fui para a Kalverstraat, que é uma rua famosa de compras na cidade.

Minha esposa tinha visto alguém postar sobre a promoção na Stradivarius (2 dos 3 andares da loja estava em promoção) e depois fizemos comprinhas na H&M (rede famosa na Europa, EUA e até no Japão eu fui e comprei hehe).

Nada mais fácil para explicar como vale a pena comprar nas promoções destas lojas do que falar alguns preços (até postei no instagram):

  • Jaqueta de frio, resistente a chuva – 8 euros
  • Vestido – 7
  • Polo – 10
  • Tenis – 20
  • Blusas e camisas femininas 6

No outro dia, fui ao famoso Albert Cuyp Market! Que é um mercado de rua, com comidas, souvenirs, roupas e mais um monte de coisa. Muito bom, recomendo!

Dia 7 – Haia, Delft e Gouda

Saí cedinho (antes das 9h) de Amsterdam, depois de pegar um carro alugado na Sixt.

No caminho para Haia, tentei passar em Keukenhof (parque das tulipas) para ver se tinha algo. Porém, nenhuma florzinha para nós no dia 2 de março. =/

O jeito foi seguir adiante 🙂

Haia

Seguindo, a primeira parada foi a praia de Scheveningen em Haia. Lugar espetacular… A praia é bonita e tal, mas o mais legal é o entorno: restaurantes, pier, roda gigante etc. No verão deve ser muito animado e perder um dia relaxando por ali deve ser sensacional.

Passei só uma hora e pouco ali… Umas fotinhas, café da manhã e segue o jogo!

Partimos para o centro de Haia e paramos no Palácio da Paz Mundial, nada menos que a corte da ONU. Tickets a 11 euros, para uma tour guiada. Porém, acabei não fazendo por uma questão de tempo.

Palácio da PAz Mundial em Haia, Holanda
Palácio da PAz Mundial em Haia, Holanda

Estacionar na rua custou 1 euro para ficar um pouco mais que 30 minutos. Próximo passo foi ir até o centro. Estacionar foi uma pequena facada. 90 minutos, 5 euros! (E ainda pode piorar!!!!)

Nesse tempo, foi suficiente para caminhar pelo centro: Binnenhof, Lago Hofvijver, Rua Noordeinde, De Haagse Toren (Torre da cidade, só tinha tour as 13 e as 15h, ai de novo complicou minha agenda), Praça Plein, Spuistraat etc.

Dali, seguimos para Delft (15 minutos de carro), mais um lugar para eu me apaixonar!

Delft

Lá já estava começando o carnaval e tive o primeiro gostinho, com as fantasias, bandinhas e foodtrucks. Nas 3 horas que fiquei na cidadezinha, deu para dar uma voltinha no centro e fazer o tour principal da cidade.

Visitei as duas igrejas (Oude e Nieuwe Kerk) e a subir na torre da Niewue, para vista panorâmica da cidade. Um ticket e você faz os três por 9 euros.

Vista Panorâmica de Delft, Holanda

Apesar de serem igrejas, o que tem dentro delas é a história da cidade de Delft, que tem muito a ver com a história da Holanda em si. Lá são enterrados todos membros da família real, por exemplo.

Além disso, comi um hot dog de rua e parei em duas doçarias. Sentei e comi na Baker Suikerbuik e adorei…. Mas depois tive que parar e comprar um Stroopwafel na City Bakery Diamond Ring, a mais antiga da cidade… Fundada lá no século XVIII!

Depois disso, o plano era ir para Gouda e aproveitar um pouco lá. Porém, cheguei as 18h lá e já estava tudo fechando e não consegui nem comer um queijinho =/

Gouda e adiante

Gostei muito do pouco que vi da cidadezinha… Mas meu plano foi muito ousado, passar em 3 cidades em 1 dia. O que fiz, foi corrido e deixei muita coisa para trás. Se eu pudesse repriorizar, focaria em Delft.

Por fim, segui viagem para Roterdã para dormir perto da próxima parada! Para se ter uma ideia, é 1 hora de Amsterdam para Haia e de lá até Roterdã é 30 minutos. Gouda é apenas uns 10 ou 15 minutos fora da rota.

Dia 8 – Kinderdijk e Carnaval em Maastricht

Kinderdijk foi um dos pontos mais importantes da viagem. É uma área, considerada patrimônio da UNESCO, em que há mais de uma dezena de Moinhos de vento… Sim, aqueles tradicionais.

Por 9 euros para entrar, 5 euros para estacionar o carro e em 2 horas de passeio, fiz um tour fanstástico.

Começamos assistindo um vídeo no museu, 10 minutos contando a história do local de uma maneira bem interessante e inesperada. Depois, preferimos caminhar do que pegar o barco (custava 6 euros e rodava cada 30 min). Ir a pé foi a melhor coisa que fizemos, apesar do frio e da garoa constante.

Além do museu, o ingresso dá direito a entrar em outros 2 moinhos e vê-los por dentro. MUITO LEGAL! Gostei de verdade… As pessoas moravam nos moinhos, que servem para evitar que água alague a região.

É surreal!

É história secular viva de maneira muito peculiar e pitoresca.

Valeu cada centavo e cada minuto. Kinderdijk fica a 1h de carro de Amsterdam. É parada obrigatória!

Na noite anterior, dormi próximo a Roterdã, a 15 minutos de Kinderdijk. A estratégia era acordar na região para estar “liberado” na hora do almoço. Deu certo e por volta das 13h estava partindo para Maastricht, viagem que levou 2 horas de carro.

Maastricht

Na verdade, eu não fui para Maastricht, eu fui para o Carnaval de Maastricht, e isso faz bastante diferença.

Isso porque TODOS PONTOS turísticos estavam fechados por conta do Carnaval. De qualquer forma, o carnaval da cidade foi uma experiência espetacular.

Primeiro porque achei de fato divertido. Todo mundo se fantasia (+95% das pessoas), da criancinha ao mais idoso, até o de cadeira de rodas. Segundo, porque o carnaval é feito pelo povo, para o povo. Ou seja, a parada de carnaval pode ser feita por qualquer um. É só entrar na área e seguir a “procissão”.

Alguns fazem carros alegóricos, outros fazem bandinhas, outros só se vestem roupas de um tema, outros só se juntam. Tudo muito leve!

Vários bares ou pubs lotados, dentro e na frente. Pessoal bebendo, brincando e cantando.

No final do dia, claro, uns bêbados caindo pelo chão, gorfando… Carnaval afinal!

Sobre a cidade, com certeza tem outra cara com o Carnaval, mas gostei muito da arquitetura, das ruazinhas e tudo. Ah… aproveitei os “food trucks” para comer comidas tradicionais como o Kibbeling (peixe empanado frito) e o Haring (sardinha crua com cebola).

No dia seguinte, foquei em turismo… No que foi possível, porque tudo seguia fechado pelo carnaval.

Dia 9 – Segundo dia de Carnaval em Maastricht

Acordamos cedo para tentar pegar alguma coisa aberta, já que no carnaval tudo estava fechado. O carnaval em si começa as 13h, então tínhamos uma esperança.

De qualquer forma, de todos os principais pontos turísticos, só conseguimos entrar em dois: 

  • Basiliek van Onze Lieve Vrouwe (Basílica de Nossa Senhora). Peguei a porta aberta, após a missa
  • Fort Sint Pieter Maastricht Underground – Dá para comprar o ingresso online antes e fiz isso na noite anterior. Tinha outros 2 passeios para fazer, um só abriria na quarta-feira e o outro eu não quis fazer por uma questão de tempo e “ânimo”. 

Outras atrações, como a Basilica of Saint Servatius, estavam fechadas. Helpoort não cheguei a ir e a ponte Sint Servaasbrug estava livre e aproveitei para o por do sol 🙂

Quase todas as lojas e muitos restaurantes estavam fechados novamente. O carnaval da segunda foi um pouco menos intenso em quantidade de pessoas, mas com a mesma quantidade de festa.

Desfile de Carnaval em Maastricht, Holanda
Desfile de Carnaval em Maastricht, Holanda

Em mais detalhes… o dia 2 em Maastricht

De manhã, com chuva, saí para caminhar pelo centro e, como disse, apenas consegui entrar na Basílica, por sorte. Era 10:45, e quando saímos o padre estava expulsando a galera e fechou a porta.

A caminha pelo centro é rápida, 1 hora no máximo e passa por quase tudo do lado oeste do rio.

Umas 11 e pouco, a chuva apertou e nos escondemos em um café por quase 1 hora. Como o ticket para o Fort Sint Pieter era para as 12:45, tivemos que sair antes da chuva parar.

Decidimos ir até o hotel e pegar o carro em vez de caminhar quase 30 minutos na chuva (ou pegar um ônibus, que demorava quase o mesmo tempo).

Ótima opção. Chegamos a tempo e por sorte o clima já estava melhorando.

O passeio de 1 hora custou 7,20 euros / pessoa. Apesar do lugar se simples, a história é interessante e a guia era ótima… Animada, contava detalhes e curiosidades. Fazia a gente rir 🙂

Ponto alto do passeio é ir no topo do Forte e ter a vista panorâmica da cidade, além de toda a fronteira com a Bélgica, que cerca a cidade.

Tínhamos a opções de fazer o tour das North Caves, mas preferimos voltar para o Carnaval e para o centro da cidade.

Fomos para o lado oeste na busca de mais restaurantes abertos e mais sossego. Tinha mais restaurantes e mais sossego, mas o carnaval já começava por ali mesmo.

Além de comer, curtimos um pouco da parada de carnaval e andamos por ali. 20 – 30 minutos você faz tudo (já que entrar em igrejas ou museus não era uma opção).

Nesta hora, o céu estava bonito e parcialmente limpo, mas o frio já estava pegando mais. Sensação térmica de 3 graus.

Depois foi só voltar para as praças Markt e  Vrjithof, além de caminhar pelas ruas do centro e pular de “bloquinho” em “bloquinho” para dançar um pouco 🙂

Para fechar o dia, vimos o por do sol na ponte Sint Servaasbrug. Muito bonito e muito legal por conta do movimento dos foliões holandeses!

A noite foi tempo de relaxar e arrumar as malas, com aquele gostinho de que foi tudo perfeito em Maastricht. Ficou a vontade de conhecer mais da cidade, além de participar mais profundamente do carnaval deles… tipo fazendo parte de um bloquinho! \o/

Dia 10 – Giethoorn 

Depois de três dias incríveis pelo interior rumo ao sul, foi hora de ir para o norte! Mais especificamente para Giethoorn! Quase 3 horas de Maastricht, a 2,5 horas de Amsterdam.

Giethoorn é um pequeno vilarejo em que certas parte vocês só anda a pé, de bicicleta, ou de BARCO! É um lugarejo que abriga aproximadamente 2000 pessoas e pareceu ser um lugar de veraneio para os holandeses.  

O que é certo é que o lugar é espetacular!

Passeio pelos canais de Giethoorn, norte da Holanda
Passeio pelos canais de Giethoorn, norte da Holanda

Mais um vez, museu e igreja fechados. Desta vez, por estar fora de temporada, mas não foi nada que prejudicasse o passeio. 

A primeira coisa foi simplesmente andar pelas ruas e pontes do vilarejo e almoçar em um dos poucos restaurantes abertos. Depois, foi hora de AVENTURA!

Alugar um barco e dirigi-lo pelos canais da cidadezinha. Paguei caro, 35 euros (pela pressa, basicamente), mas tem opções de 15 a 20 euros (por uma hora, dava para ser mais tempo). O barquinho vai beeeeeeem devagar e mesmo assim é difícil dirigir. Divertido demais hehehe

Depois, fizemos uma comprinhas rápidas. Tinha lojas de souvenir tradicionais (mas com coisas específicas de Giethoorn) e tinhas outras bem legais. Uma de uma artesã local, e que tinha outras coisas artesanais, todas feitas na Holanda. Outra, era uma loja de pedras do mundo todo, com várias jóias. 

Ah, não posso deixar de recomendar o DE BABBELAAR. Um café próximo à locação dos barcos. Atendimento ótimo, chocolate quente ótimo, vista legal e pude experimentar mais uma iguaria holandesa: Poffertjes (sabe deus como fala isso). Uma mini panqueca com açúcar de confeiteiro e manteiga. Uma delícia! 🙂

Por fim, depois de mais um caminhada pela área de camping (local para as casas e trailers de veraneio), foi hora de ver o por do sol!

A janta foi no Grand Cafe Fanfare. Gostoso, tudo bem feitinho. Na hora que saímos, ia começar a tocar uma banda. Depois me arrependi de não esperar um pouquinho mais =/

Dia 11 – Utrecht

Na partida de Giethoorn, pela manhã, uma dor no coração. Realmente o lugar me marcou. 

Como última experiência de lá, o café da manhã que foi servido no B&B uma iguaria que eu tinha lido a respeito, mas não tinha visto: Pão de forma com granulado. Eu já tinha feito isso quando criança, principalmente com leite condensado, mas quando vi que era cultural na Holanda, achei quase inacreditável… Enfim 🙂

Em uma hora e meia de estrada cheguei ao castelo De Haar, próximo a Utrecht. Lugar lindo, por dentro e por fora e que conhecemos em uns 90 minutos. 17 euros de entrada por pessoa (comprado na hora) e 6 euros pelo estacionamento.

Apesar de lindo, teve dois pontos “baixos” para mim: Algumas coisa só explicadas em holandês (inclusive a visita guiada) e muitas áreas fechadas. Outra coisa é que o castelo é basicamente de uma família rica e não parte da história mais profunda da Holanda.

Mas, com certeza, valeu muito a pena!

Depois, em pouco mais de 20 minutos dirigindo chegamos ao centro histórico de Utrecht

Foi basicamente um passeio pelas ruas e entrar na Catedral St Martin. Depois encontrei um velho amigo batemos papo comendo bitterballens e visitei o aconchegante ap dele.

Para um sightseeing, uma tarde foi o suficiente. Mas poderíamos ter subido na Domtoren (torre com vista da cidade) e ido em algum museu. De qualquer forma, para conhecer a cidade, 1 dia seria suficiente.

Nota mental: estacionar o carro foi absurdamente caro! Para ficar 4,5 horas na rua, custo 24,5 euros!!!!!!! Uma facada no pâncreas!

Dia 12 – Museu da Anne Frank

Hoje foi dia de reflexão, dia de Museu de Anne Frank. Ingresso comprado antecipadamente (20 euros/pessoa) e com horário marcado pela internet.

O passeio que durou cerca de 90 minutos, passa basicamente pela história dos dois anos de esconderijo da família Frank. Conta a história das pessoas que os ajudaram, escondendo, dando comida e outros suprimentos. 

O mais fascinante, é ter a história tão lindamente contada, graças a uma menina de 13 anos, que faleceu aos 15, depois de descobrirem o esconderijo. 

Se a história é espetacular, a experiência no museu deixa a desejar. Salas muito lotadas complicam você ver as poucas coisas que estão expostas e dificultavam até para caminhar lá dentro. 

No fim, com certeza valeu a pena. É comovente e é importante para lembrarmos a barbárie que ocorreu, assim como Auschwitz.

Depois, tive tempo para mais um cafezinho com um gerente de uma startup por aqui. Antes de voltar ao trabalho.

A noite, fui ao Food Hallen Amsterdam, um lugar com “food trucks” de vários tipos. Lugar muito bonito e cheeeeio. Comida gostosa também. Vale a pena conhecer 🙂 

Ah… só para deixar mais uma curiosidade no ar. No Food Hallen, quase todos trucks só aceitavam cartão, não aceitavam dinheiro em espécie! 

Dia 13 – Haarlem e A’dam Lookout

No penúltimo dia, logo pela manhã, por volta das 8:30 saí em direção a à cidade de Haarlem, do Aibnb que eu estava, um total de 40 minutos de viagem. Da estação central de Amsterdam até Haarlem, menos de 20 minutos.

Mais uma cidade pequena e interiorana do país que guarda caraterísticas similares do que pela Holanda toda:

  • foi uma cidade murada (tem uma das portas ainda)
  • tem aquela arquitetura peculiar holandesa
  • tem um centrinho histórico bem bonito e ajeitado
  • tinha um moinho ao lado do rio e assim por diante.

Fique por lá por volta de 3 horas e deu para uma boa noção da cidade. Andei até o moinho (Molen Adriaan), andei até a porta e entrei na Basílica da cidade (Groete), que tem a visita muito bem organizada e pode ser visitada em 30 minutos (custou 5 euros por pessoa).

O clima mais um vez me agraciou e rendeu ótimas fotos.

Uma das últimas coisas na cidade, foi tomar um café no ChCo. Excelente lanche, ótimo chocolate, ótimo chocolate quente e excelente expresso.

Manhã em Haarlem, Holanda
Manhã em Haarlem, Holanda

Depois, tive que voltar para “casa” para trabalhar. O que eu fiz até a noite, antes de ir para o A’Dam Lookout, que é um prédio com vista panorâmica da cidade. Custa 13,50 euros por pessoa. Achamos um cupom na internet e pagamos 10. Ah… Recomendo comprar online com antecedência.

A vista é um espetáculo, pena que eu fui a noite, certamente a paisagem durante o dia deve ser incrível. Ótimo lugar para ver o por do sol também!

O ponto alto do A’Dam Lookout foi o balanço na beira do prédio. Sim, tem um balanço, tipo de criança, que você balança para fora do prédio. Peguei uma fila (e um friiiiiiiiiiiio) de uns 15 minutos para balançar por aprox.. 1 minuto lá em cima.

Paguei 5 euro e foi espetacular, adorei. No começo, o medo e o frio na barriga. Depois, só a sensação de voar sobre Amsterdam 🙂

Apesar de não ter emoção, é legal dizer: o A’Dam fica do outro lado do braço de mar e tem uma balsa para chegar lá. Demora menos de 5 minutos e é de graça. Você vai na balsa com um monte de bicicleta hehe

Dia 14 – Zaanse Schans, Volendam, Edam e mais

Próximo à Amsterdam, menos de 30 minutos de carro, tem algumas pequenas jóias. Foram nelas que dediquei meu último dia “útil” de Holanda!

Zaanse Schans 

Zaanse Schans é um região / parque na cidade de Zaanstad. Nela, existem vários moinhos, várias lojinhas com demonstrações de como são feitas as coisas (tipo os sapatos de madeira) etc. Apesar de turística e parecer um parque temático, é uma região habitada. 

Mas em resumo, é um ótimo lugar para você que vai para Amsterdam e não vai ter tempo de fazer um tour pelo interior. Você pode passear por tudo gratuitamente e optar por visitar museus ou participar de workshops, variando de 2 a 12 euros. Ah, estacionamento custou 10 euros =/

Optei por fazer somente o que fosse gratuito e já achei que foi excelente. Paisagem lindíssima, tomei um café com wafel super gostoso e aprendi um pouquinho mais sobre a cultura do país.

Em menos 3 horas eu passeei, fiz compras, tomei o café e saí de lá feliz da vida. Rumo à próxima parada!

Mini moinho de vento em Zaanse Schans, Holanda
Mini moinho de vento em Zaanse Schans, Holanda

Edam

Mais uma pequena pérola, a cidadezinha que é conhecida pela produção de queijo. É realmente um pequeno vilarejo onde fiquei por volta de 1 hora. tempo suficiente para conhecer as ruelas, comprar queijo (mesmo que se pode comprar em Zaanse Schans) e outros souvenirs.

Ponto alto para mim, além de um queijo ótimo que comprei, foi os predinhos tortos da cidade! Tem em toda Holanda, mas lá estavam especialmente charmosos…

Infelizmente, não vi o melhor da festa: um mercado de queijos que acontece no centro da cidade. A temporada é só durante uma parte do verão.

Volendam e Marken

A última parada foi dupla, passando por 2 vilarejos. O primeiro foi Volendam, um lugar que chegou a ficar completamente submerso no início do século passado e foi reconstruído posteriormente. 

Apesar de bastante pequeno, é muito turístico então tem muitas lojas, restaurantes e cafés. O passeio foi muito legal e só entrei em um lugar, o museu “Experience Volendam“. Custou 8,75 euros por pessoa e durou menos de 30 minutos. Tinha tudo para ser legal (história, cenário e uma experiência com realidade virtual), mas acabei me frustrando. 

Por lá almocei, e em mais 2 horas, conheci todo o vilarejo, antes de partir para Marken, que é uma pequena ilha que fica em frente a Volendam. Você pode ir de barco, mas como eu estava de carro, preferi esta alternativa já que existe uma estrada para chegar lá (20 minutos).

Infelizmente, cheguei com sol baixando e só deu tempo de ver o por do sol tomando um chocolate quente. 

Pelo menos, o por do sol não deixou a desejar 🙂

Por do sol em Marken, Holanda
Por do sol em Marken, Holanda

Dia 15 – A volta

Chegou a hora de dizer até logo. Como o voo era as 9:55, não deu tempo para nada. 

A devolução do carro foi super simples, jogando a chave em uma caixinha da locadora. Sem papel, sem falar com ninguém.

Por ser Smiles Diamante, fiquei na sala Vip da KLM, onde tomei um pequeno café da manhã! 🙂

Conclusão sobre meu roteiro de viagem na Holanda

Como viram, por conta do meu intercâmbio e do trabalho remoto, minha dinâmica foi bastante peculiar e específica. De qualquer forma, fiquei muito feliz e bem impressionada com 99% do que diz, por isso sugeri um roteiro de 15 dias inteiro baseado no que vi.

A Holanda entra, sem dúvida, na lista dos meus roteiros favoritos e me faz cada vez mais querer aproveitar mais tempo em cada lugar. Viagens mais longas e focadas em uma país, como fiz para Islândia, Japão, Portugal tem sido cada vez mais meu foco!

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Homero Carmona

Blogueiro desde 2008, ano em que fez seu primeiro intercâmbio e começou a viajar por aí! Atualmente coleciona mais de 40 países no seu passaporte e sonha conhecer todos os 200 e poucos por este mudão a fora... Seu hobby é fazer com que mais gente viaje, todo dia, cada dia mais!

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