[GUIA] Como Fazer Intercâmbio? Conheças os principais caminhos!

Fazer um intercâmbio pode parecer um desafio quando a gente não sabe como começar. Aquela ideia solta na cabeça precisa ir criando raízes com muito planejamento para que tudo corra bem.

Nesse sentido, muita gente sonha em estudar fora, mas desconhece os caminhos para estudar, trabalhar e até viver de vez no exterior. Por isso, preparamos este guia para ajudar você a dar o primeiro passo e descobrir como fazer seu intercâmbio.

É claro que algumas opções vão depender da sua idade, condição financeira, conhecimento do idioma, entre outras coisas. Entretanto, é importante saber que existe sempre um tipo de intercâmbio que se encaixe no seu perfil.

Sem mais delongas, confira tudo o que você precisa saber para fazer intercâmbio.

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O que é intercâmbio?

Antes de mais nada, o que é intercâmbio? Por que todo mundo está falando disso ultimamente? No vídeo abaixo, eu falo sobre o conceito do dicionário, mas também sobre como o intercâmbio vai mudar a sua visão de mundo.

No nosso Guia de Intercâmbio, você também vai achar mais detalhes sobre o tema.

Como planejar um intercâmbio em 7 passos

Agora que você já sabe o que é um intercâmbio, confira os 7 passos para te ajudar a tirar aquele intercâmbio do papel!

  1. Definir o objetivo
  2. Escolher o tipo e duração do intercâmbio, simular orçamentos
  3. Selecionar o destino
  4. Avaliar agências e comparar opções
  5. Tirar o visto
  6. Comprar passagens
  7. Comprar moeda

Infográfico: Como Planejar um Intercâmbio

Confira com mais detalhes cada um desses passos! ?

1. Definir o objetivo

O primeiro passo ao começar a pensar em intercâmbio é: mas por que raios você quer viajar, fazer um intercâmbio?

Ok, ok… Eu sei que muitas vezes é apenas um desejo que surge pela curiosidade, pela história de um amigo e tal.

Mas é preciso definir um objetivo para a sua viagem!

Quando fui, o meu objetivo era claro: “conhecer novas culturas e me colocar em situações novas, desafiadoras”. Então, quando cheguei na Irlanda, topei pagar 10% mais caro que a média no aluguel, para ter a oportunidade de morar com 2 irlandeses. Economizei tudo que pude para poder viajar o máximo possível. Consegui tudo o que quis, não poderia ter voltado mais satisfeito!

E você, o que quer?

  • Quer mudar de país? Como pretende fazer isso?
  • Quer trabalhar fora do país? Em que área?
  • Quer aprender o idioma? Em quanto tempo? – Tem gente que faz intercâmbio de 5 anos e não aprende inglês por falta de dedicação!
  • Quer conhecer novas culturas, viajar?
  • Turbinar o CV com um idioma ou com alguma especialização?
  • Quer se conhecer? Como?
  • Ou o que?

Sabendo responder a essas perguntas, vai ficar mais fácil você identificar o tempo que deve ficar e também o destino que mais te agradará.

PORÉM, se você não tem um objetivo claro, simplesmente sente que tem ir, ÓTIMO! Vá assim mesmo, lá você descobrirá o motivo… todo dia vai descobrir um motivo novo na verdade! ?

2. Escolher o tipo e duração do intercâmbio, simular orçamentos

Agora que você já sabe qual é o seu objetivo, chegou a hora de escolher entre os vários tipos de intercâmbio que existem por aí. Nesse sentido, as opções são quase infinitas, mas os tipos mais comuns de intercâmbio são:

Nesse sentido, cursos de idioma têm um perfil mais flexível, onde é possível fazer desde cursos de 1 semana só, até cursos de 1 ano ou mais. Já cursos de especialização, graduação, High School e programas de férias têm datas e duração mais fixas.

Além disso, outro passo importante na hora de escolher o tipo de programa é definir o seu orçamento para o intercâmbio. Para lhe ajudar com isso, veja os dois simuladores do Intercâmbio & Viagem e veja qual prazo e destinos cabem no seu bolso:

3. Selecionar o destino

Definir o destino do seu intercâmbio talvez seja um dos momentos mais importantes nesse processo, pois você precisa se sentir bem com o lugar em que você está.

Por isso, pesquise muito! Procure fotos para ver lugares que você gostaria de conhecer, conheça bandas locais, descubra se o clima te agrada, pesquise sobre a cultura, culinária e etc.

Fui para a Irlanda e vi muita gente reclamando do clima…. Hoje em dia ninguém pode falar que não sabia, não é mesmo? Então, planeje-se e questione-se:

  • Qual a relevância do gasto total que será empregado no intercâmbio? 
  • Qual será sua dependência da receita com trabalho durante o seu intercâmbio para poder se sustentar?
  • Quanto é relevante que o clima (temperatura, chuvas, neve) seja parecido com o do Brasil? Esta pergunta é mais relevante para aqueles que vão passar um longo período, se não, basta ir no verão que qualquer lugar está bom 😉
  • Qual a relevância do turismo TRADICIONAL no período em que você vai estar no intercâmbio?
  • Qual a relevância do turismo de NATUREZA no período em que você vai estar no intercâmbio?
  • Qual a idade do intercambista?

4. Avaliar agências e comparar opções

Antes de mais nada, quando se vai comprar qualquer coisa, principalmente com um investimento alto, não tem jeito, a melhor coisa é pesquisar e comparar muito!

Nesse sentido, o primeiro ponto a se levar em consideração é a confiabilidade da agência. Como sempre, conhecer alguém que já foi por aquela agência é muito bom, assim como ver o que as pessoas estão falando sobre ela na internet.

Porém, é muito importante sempre comparar, pois:

  • Uma agência (ou um vendedor) que é especialista em um destino, certamente será tendencioso com aquela opção… Mesmo que seu perfil indicasse outra coisa.
  • Muitas agências e escolas têm serviços diferentes. Por exemplo, escolas têm diferentes cargas horárias ou podem ter o custo do material didático incluído. Uma agência pode te dar o transfer do aeroporto e a outra te oferecer um serviço de apoio a encontrar o primeiro emprego. Ou seja, o que parece mais barato, pode não ser.
  • O seu amigo, ou qualquer “especialista” da internet, indica algo que funcionou para ele. Mas será que você é tão igual a ele assim?

Confira no vídeo abaixo mais algumas dicas para fazer intercâmbio com uma agência:

5. Tirar o visto

Visto é algo muito peculiar de cada país, mas é importante ter-se em conta:

  • Tenha o passaporte em mãos o quanto antes. Ao meu ver, deveria ser um documento obrigatório como o RG ou CPF!
  • Veja se o tempo de liberação do visto é condizente com a data que você quer viajar. Se não for, cogite postergar a data da viagem. Considere que podem haver problemas na liberação do visto, então é bom ter uma folga. Tem processos que podem durar 4 meses ou mais!

Fora isso, é cumprir os requisitos de cada país e ter tudo arrumado e na ponta da língua para o momento da entrevista de visto ou da imigração.

Quanto aos requisitos para a emissão do visto, sabemos que podem variar muito de país para país. No entanto, em geral são documentos obrigatórios:

  • Formulários
  • Comprovação de renda ou reserva financeira
  • Exames médicos
  • Prazos
  • Validade do passaporte
  • Taxa Consultar

Por fim, muitas vezes as pessoas procuram intercâmbio com a ideia de trabalhar no local, mas é importante ver se realmente existe esta opção de visto. São apenas alguns países permitem trabalhar enquanto estuda e em condições específicas.

6. Comprar passagens

Eu poderia citar pelo menos uma meia dúzia de casos em que acertei ou errei na compra da passagem.

Mas para facilitar, vai aqui algumas dicas rápidas para quem não está acostumado a viajar e comprar passagens:

  • Não necessariamente comprar com muita antecedência é mais barato. Se você tem tempo, pesquise.
  • Normalmente passagens com embarque entre terças e quintas, são mais baratas
  • Comprar passagens entre 90 e 45 dias de antecedência normalmente é mais barato
  • É melhor comprar em dias de semana
  • Crie alertas de passagem em sites como Skyscanner e Google Flights
  • Aproveite a sua escala fazendo um Stop over

No vídeo abaixo, falo melhor como comprar passagens usando as ferramentas mais adequadas.

7. Comprar moeda

Por fim, comprar moeda acaba sendo o último passo antes da viagem e gera bastante ansiedade. A cada dia o preço muda, e agora?! Quando comprar?

Para isso, são três pontos principais a serem considerados:

  1. Segurança: busque casas de câmbio de confiança. Caso não tenha alguém muito próximo, evite comprar moeda paralelo. Como os valores normalmente são altos, tente levar uma parte em espécie, a outra em cartão. Assim você evita riscos de perda e roubo.
  2. Preço: Não existe casa de câmbio mais barata MESMO! As agências precificam a moeda com base no seu estoque e com base na aposta de valor da moeda no dia seguinte. Desta forma, uma casa de câmbio pode achar que vai subir e a outra que vai baixar. Assim, uma vai ser mais barata um dia, e talvez no dia seguinte a situação se inverta. Avalie várias, use sites como o MelhorCambio.com.br
  3. Especulação: Alguns especialistas dizem para você comprar moeda aos poucos, para diluir o risco. A bem da verdade é que ficar escolhendo data ou ficar comprando picado, é especulação e isso é para especialistas do mercado de câmbio. Além disso, o mercado de câmbio aceita negociação, ou seja, se você for comprar US$ 5.000, conseguirá um preço por dólar mais em conta, que se quiser comprar U$300.

Quem saber Quanto Custa um Intercâmbio? Conheça nossa calculadora…

Intercâmbio com uma agência: como funciona?

Escolher fazer um intercâmbio contando com o apoio de uma agência de intercâmbio é a opção de quase 90% das pessoas que querem estudar no exterior.

Nesse sentido, uma agência de intercâmbio é uma empresa especializada em prestar assessoria em todas as etapas de um intercâmbio.

Isso vai desde indicar os melhores destinos, instituições, hospedagens, passagens aéreas, locais mais indicados para trabalho, até muitos outros detalhes que podem passar batidos para um intercambista de primeira viagem.

Além disso, as agências também conhecem bem cada etapa da burocracia envolvida em um processo de intercâmbio – que muitas vezes não é pouca coisa! Outro papel muito importante das agências de intercâmbio é prestar um suporte local no país de destino. Essa é, eu diria, uma das principais vantagens em contratar uma agência, pois ter a quem recorrer fora do país é essencial para que tudo ocorra com tranquilidade.

Ou seja, existem alguns motivos para a maioria das pessoas preferirem o apoio de uma agência de intercâmbio:

  • Agências de intercâmbio são especialistas e conseguem te ajudar no passo-a-passo
  • Usar um revendedor credenciado e de confiança reduz riscos
  • Os consultores de intercâmbio te ajudam a encontrar a melhor opção para você, considerando destino, orçamento, tipo de curso e assim por diante
  • Normalmente, as agências tem valores mais baratos do que comprar direto com a escola, visto que elas têm negociações especiais

Se este for o seu caminho para planejar o intercâmbio, basta entrar em contato com algumas agências e compartilhar seus objetivos. Eles certamente te ajudarão a entender qual o melhor caminho e oferecerão propostas.

Como fazer um intercâmbio por conta, direto com a escola

Intercâmbio direto com a escola
Intercâmbio direto com a escola. Foto de Kaplan International.

No entanto, se a grana estiver apertada ou se você já tiver uma certa experiência e preferir planejar tudo por conta própria, contratar um intercâmbio direto com a escola também é uma opção.

Nesse caso, o viajante tem muito mais detalhes para pensar e faz quase tudo sozinho, mas é possível!

É preciso analisar tudo com bastante cuidado, pois existem muitas questões a serem analisadas. Para aqueles que já falam o idioma do destino e já viajaram para o exterior o caminho é mais fácil. Para quem não tem conhecimento da língua, nunca viajou para o exterior e tudo vai ser novidade, pode ser mais arriscado fazer um intercâmbio por conta.

Uma dica é procurar por grandes escolas com representação no Brasil, como a Kaplan, por exemplo. A Kaplan tem escolas em muitos países e vem no Brasil cada vez mais focando na venda direta ao intercambista.

Por fim, vale dizer que para alguns tipos de intercâmbio isso nem é possível, tais como o Au Pair e o Work And Travel. Estes intercâmbios requerem um representante no país de origem para organizar a viagem.

Ou ainda um intercâmbio completamente – mesmo – por conta

Além de fazer o intercâmbio direto pela escola, é possível ainda dar um passo além. Por duas vezes, eu fiz intercâmbios não convencionais.

No primeiro deles, na Argentina, eu basicamente fiz uma viagem para o país e lá procurei uma escola (com aulas particulares) e outras formas de praticar o espanhol, como ler livros e ir para lugares onde eu poderia interagir com as pessoas.

O outro foi um intercâmbio de negócios para a Holanda, em que além de um curso de 2 dias, me dediquei a visitar empresas locais, conhecer pessoas atuando no mercado holandês, participei de grupos de discussões sobre negócios e muitos mais.

Ou seja, muitas vezes colocamos o intercâmbio dentro de uma “caixinha” fechada, mas o fato é que intercâmbio nada mais é que aprender (e ensinar) se colocando em situações novas que você queira desbravar.

Tipos de intercâmbio e como fazer cada um

Para quem quer estudar no exteior, antes mesmo de escolher o destino, é importante conhecer os principais programas de intercâmbio e escolher qual o melhor para você. Confira!

Como fazer um intercâmbio de trabalho e estudo

Como fazer intercâmbio de trabalho e estudo
Como fazer intercâmbio de trabalho e estudo. Foto de Brooke Cagle na Unsplash.

Antes de mais nada, o intercâmbio mais procurado de todos é o de inglês, com direito a trabalho. A boa notícia é que também também tem caminhos muito fáceis para trabalhar no exterior.

A primeira coisa a se falar sobre este tipo de programa é que eles usualmente são de longa duração, acima de 3 meses. Ou seja, esse tipo de intercâmbio é para quem realmente está disposto a se desapegar do Brasil – pelo menos por um tempo.

Normalmente, o intercambista vai estudar de 15 a 30 horas por semana, dependendo do que for contratado, e terá direito a trabalhar 20h/semana durante as aulas e 40h/semana no período de férias.

As opções de destino mais comuns para esse tipo de intercâmbio são:

Por fim, para fazer um intercâmbio de estudo e trabalho você pode tanto já ir com tudo ajeitado por uma agência de intercâmbio, quanto se organizar sozinho. Nesse caso, uma boa opção é procurar por escolas que já tenham parcerias com locais de trabalho, assim a busca por uma vaga fica muito mais fácil.

Intercâmbio de Co-op no Canadá

O intercâmbio de Co-op no Canadá nada mais é que um tipo de intercâmbio de estudo e trabalho específico deste país.

Nesse sentido, a legislação canadense não permite que estudantes de cursos de idioma trabalhem durante o intercâmbio. No entanto, com o Co-op é possível conciliar um curso vocacional no Canadá, enquanto trabalha em uma empresa dentro do seu ramo de atuação profissional.

Para fazer um intercâmbio de Co-op no Canadá é necessário:

  • Matricular-se em uma escola / universidade participante do Co-Op em curso vocacional de 6 a 24 meses;
  • Ter no mínimo 18 anos de idade;
  • É necessário que o aluno fale inglês pós-intermediário;
  • As horas de estágio (trabalho) são mandatórias para conclusão do curso.

Como fazer intercâmbio curto de idiomas

Para quem não pode “parar tudo” por 6 meses, um ano, ou mais, a opção mais comum é fazer um intercâmbio de idioma durante as férias, adquirindo cursos curtos de 2 a 14 semanas.

Cabe lembrar que nesses cursos mais curtos não é permitido trabalhar. Até porque, dependendo do destino (como IrlandaMaltaEspanha ou África do Sul) você não precisa nem de visto, vai como turista mesmo, só com o passaporte.

No geral, essa é uma opção fácil, popular, tranquila de encaixar em qualquer férias e que acaba não saindo muito mais cara que uma viagem tradicional. Além disso, também é o intercâmbio mais fácil de organizar sozinho, visto que não há burocracia com o visto ou o empregador.

Por fim, os destinos mais baratos para este tipo de intercâmbio normalmente são Canadá África do Sul, onde você consegue estudar 1 mês, a partir de R$ 12,500.

Ser Au Pair no exterior – mais um tipo de intercâmbio

Como fazer intercâmbio de Au Pair
Como fazer intercâmbio de Au Pair. Foto de Lina Kivaka.

O intercâmbio de Au Pair é dedicado a jovens mulheres (18 a 30 anos), que querem ter uma experiência no exterior trabalhando como babás.

Nesse caso, é obrigatório passar por uma agência que fará a conexão entre a Au Pair e as famílias interessadas. Todas as entrevistas são realizadas ainda do Brasil, de forma que a Au Pair participa ativamente de todo o processo de escolha da família.

Há o custo com o valor do programa, porém é relativamente baixo comparado a outros intercâmbios. Além disso, o trabalho é remunerado e a intercambista fica hospedada na casa da família, não tendo gastos com alojamento e alimentação.

É importante ressaltar que esse tipo de intercâmbio possui alguns pré-requisitos. A Au Pair precisa ter algum conhecimento da língua local. Além disso, usualmente é demandado uma quantidade mínima de horas de experiência com criança, especialmente se a família tiver filhos com menos de 2 ou 3 anos de idade.

Por fim, esse programa em geral tem 12 meses de duração, mas é possível encontrar opções mais curtas ou então estender o programa por mais 12 meses.

Como fazer intercâmbio de Work & Travel nos EUA

O Work & Travel (ou trabalhe e viaje) é a opção mais interessante de intercâmbio para trabalhar nos EUA caso você esteja cursando a graduação.

Com ele, é possível conciliar as férias da universidade com trabalho e turismo nos EUA, por um valor acessível.

Para fazer esse tipo de intercâmbio você precisa:

  • Ter de 18 a 28 anos e estar estudando em uma universidade, cursando a graduação;
  • Ter no mínimo nível intermediário de inglês;
  • Ter disponibilidade para a duração de 3 a 4 meses, iniciando em novembro ou dezembro.

Além disso, o salário mínimo nos EUA é de US$ 7,5 / hora e usualmente você vai trabalhar aproximadamente 30 horas por semana, o que te dará uma renda de uns US$ 1000, trabalhando como garçom, recepcionista, ajudante de parque, etc.

Por fim, o principal destino do Work & Travel é os EUA, mas existem também programas deste tipo no Canadá e na Europa.

Fazer uma graduação completa no exterior – outra opção de intercâmbio

Graduação no exterior
Graduação no exterior. Foto de Chichi Onyekanne na Unsplash

Cursar uma graduação ou outro curso de ensino superior em outro país é mais um caminho possível para fazer seu intercâmbio. Nesse sentido, os caminhos mais comuns para os brasileiros são os seguintes:

  • Fazer um curso de idioma no país e então se matricular em um curso de ensino superior
  • Estudar em Portugal, já que a língua é a mesma e você pode usar a nota do ENEM para entrar no curso
  • Buscar bolsas de estudo através dos processos de “Application” (aplicação) para cursos no exterior

Ainda mais, cursos de graduação no exterior sempre vão te exigir pelo menos estas 3 coisas:

  1. Proficiência comprovada no idioma através de um certificado como IETLS, TOEFL etc
  2. Ser aprovado em um “vestibular” ou “ENEM” ou passar pelo crivo (entrevistas, análise curricular etc.) da escola
  3. Comprovar capacidade financeira, bolsa ou financiamento para se manter no país de destino

Por fim, este processo todo pode ser feito com a ajuda de uma agência de intercâmbio ou mesmo por conta. Acaba que cursos de ensino superior tem o processo ainda mais complicado, mas é possível fazer por conta sem problemas!

Fazer graduação ou MBA nos EUA

Quem nunca assistiu os filmes americanos mostrando o ambiente universitário e ficou curioso para saber como seria estudar lá? Ou então, quem nunca sonhou em estudar em escolas como Harvard, Stanford, MIT, etc?

Pois é, é possível e o processo é exatamente igual ao que comentei antes. Vamos lá, vamos ver como fazer o intercâmbio de Graduação ou MBA nos EUA:

  1. Estude inglês e tire seu certificado TOEFL
  2. Se aplique e estude (MUITO) para os exames como o SAT (para graduação) ou GMAT para MBA
  3. Com as notas dos exames e do TOEFL, prepare uma “Application Letter” explicando porque você é um bom candidato e submeta no prazo para as escolas que deseja. Ah, vale dizer que tem custo e que cada escola tem suas regras. Principalmente para o MBA, a nota do GMAT e a idade são critérios muitos relevantes, escolas de ponta por vezes não aceitam alunos com mais de 30 anos.
  4. Aguarde a sua aprovação!

Além disso, várias escolas, principalmente para o MBA, oferecem financiamentos para que você consiga fazer o curso que muitas vezes custam de US$100 a 250 mil!

A boa notícia é que quando você se forma, pode trabalhar no EUA por 1 ou 2 anos e até ser convidado por uma empresa para o visto de trabalho permanente. Com isso, fica “fácil” pagar o seu financiamento do MBA já que os juros são quase nulos. Quem se forma em escolas deste nível nos EUA tem emprego de alto nível em qualquer país do mundo.

Módulo Internacional da sua Graduação ou outro Ensino Superior

Quando fiz meu MBA no Brasil, eu tinha a opção de fazer um módulo extra no exterior. As opções eram na Espanha, no Canadá e outras duas nos EUA, incluindo um curso de 2 semanas em Harvard.

Tanto para cursos de MBA como para Graduação tem se tornado cada vez mais comum as universidades fazerem parcerias internacionais para proporcionar o intercâmbio entre os estudantes.

Na maioria das vezes estes módulos internacionais são pagos, mas tem como fazer seu intercâmbio com uma bolsa também. Novamente isso dependerá da política das instituições de ensino, do seu currículo escolar e da sua proficiência no idioma.

Se você quer ter esta opção, garanta que a sua Universidade no Brasil tem este tipo de parceria, verifique valores e condições para participar. Muitas vezes as vagas são limitadas e pode não haver garantia de que você terá acesso ao módulo.

Como fazer um intercâmbio de High School (Ensino Médio)

Antes de mais nada, o High School é o intercâmbio para adolescentes fazerem de 6 meses a 1 ano do seu ensino médio no exterior.

Nesse sentido, são elegíveis a fazer High School no exterior:

  • Estudantes do ensino médio no Brasil. Em alguns casos raros é possível também para recém formados no último ano.
  • Idade de 14 a 18 anos (isso pode depender da escola)
  • Acomodação em Host Family
  • Passar em teste / entrevista de inglês
  • Ter reserva financeira e ser aprovado no visto de estudos no país

Por fim, é possível fazer high school quase em qualquer lugar do mundo, mas os destinos mais comuns são Estados Unidos e Canadá. Espanha, França e Alemanha são outros países bastante procurados para quem quer estudar em outro idioma.

Programas de Formação de Líderes Globais e Voluntariado

Existem algumas organizações não governamentais que estão focadas em proporcionar o intercâmbio cultural, almejando um mundo melhor, sustentabilidade, etc, através de formação de jovens líderes.

Estes programas normalmente baseiam-se em formar uma comunidade de pessoas, estudantes ou empresas que possam se ajudar. Ou seja, pessoas de um país recepcionam e dão moradia para as outras, empresas oferecem estágios e bolsas e assim por diante.

Abaixo estão algumas instituições que podem ser um caminho para fazer seu intercâmbio:

  • AIESEC – Um cooperação global de estudantes para intercâmbios e estágios para jovens de 18 a 30 anos.
  • Rotary – É uma comunidade fechada e com cota mensal que realiza trabalhos voluntários e facilita o intercâmbio entre pessoas de diversos países.
  • Fundação ESTUDAR – Possui ações de fomento para a educação no Brasil e também para dar bolsas para brasileiros estudarem no exterior e formarem a nova geração de líderes do país.

Além destes, certamente existem outros que possam estimular o intercâmbio e proporcionar experiências únicas!

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7 desafios para fazer um intercâmbio

Fazer um intercâmbio é uma jornada que pode levar a várias dificuldades pelo caminho. É importante ter em mente que isso é completamente normal e é preciso ter motivação e foco para superar cada desafio.

Fica comigo que você vai conhecer cada um dos inimigos para poder enfrentar. Vamos lá!

1) Desafio de se levar a sério na ideia

O primeiro desafio para seu plano de fazer um intercâmbio, é se levar a sério. Muitas vezes, a ideia surge em uma conversa de bar (como aconteceu comigo) ou lendo alguma coisa nada a ver na sua timeline.

Aí, tudo depende de como você lida com isso.

Se você deixar a ideia passar, em poucos dias nem vai se lembrar e vai tocar a vida. Eventualmente, na hora que a ideia te tocar, você vai fazer uma pesquisa simples e na sequência vai querer desistir (como também aconteceu comigo quando vi os preços absurdos nas primeiras pesquisas em agências tradicionais do mercado).

Aqui é uma questão de foco e não vale somente para o Intercâmbio. Projetos de vida como este requerem foco e esforço. Pesquisa e atitude. Requer uma decisão pessoal, mesmo que não tenha apoio de outros.

2) Desafio de apoio moral

Aliás, por favor nisso, apoio moral é um fator muuuuuuuuito importante.

Quem nunca sofreu com a situação de chegar para alguém todo animado com um plano mirabolante e a resposta ser algo tipo: “Ah tá…” ou, aquela resposta ressentida e invejosa “Nossa, jura? Não faria isso não.”

Não deixe ninguém colocar água no seu chopp!!!

Para fazer meu intercâmbio, eu tive que vender meu carro. Era meu único bem e quase um troféu que eu carregava e me orgulhava. Eu trabalhava em uma grande empresa, sonho de consumo de muita gente na época.

Imaginam quantos “Nossa, tem certeza? Você é louco” eu ouvi?

Um fator muito importante é encontrar parceiros ou patrocinadores, padrinhos. No meu caso, me ajudou muuuuuito o fato de eu ter ido com um amigo meu. Ainda mais na minha época e contexto, que ninguém que eu conhecia tinha feito intercâmbio.

Se não tem ninguém para ir contigo, vá sozinho mesmo ou arrume quem participe de fóruns, encontros etc. Ou então encontre um padrinho, um amigo que já fez intercâmbio e pode te dar dicas, te manter animado e até te cobrar!

3) Desafio dos mitos para o intercâmbio

São muitos os mitos… Alguns até são verdades, mas eventualmente são exceções que são alardeadas como se fossem a regra.

Um mito bem comum é o da idade… “Estou velho para isso”. Oi? Se você já morreu eu entendo, mas se você está vivo e tem saúde para ler isso, siga em frente!

Outro é o da adaptação ao destino. Este é parcialmente verdade, por isso é muito importante escolher bem o seu destino. A parte do mito é que um monte de pessoa fica com depressão, não aguenta de saudade etc. Lógico que acontece, mas se tudo der errado, você volta para casa. Porém, a chance disso chegar a este ponto, acredite, é mínima!

Outra coisa que já ouvi é: “nossa, não imagino você fazendo isso, não parece seu perfil”. Se alguém te disser isso, é só mais um motivo para você ir lá seguir seu sonho, se desafiar e sair da zona de conforto!

O outro mito, é que é caro… Bom, ai explico no próximo capítulo!

4) Desafio financeiro para fazer o intercâmbio

É barato? Não. Nossa economia e moeda oscilante é um problema? Sim. Requer planejamento? Muito!

Porém, é mais fácil do que parece.

Eventualmente quando pensamos em um intercâmbio, idealizamos algumas coisas, como a duração e o destino. Eu, inicialmente, pensei em passar 1 ano nos EUA e o custo era inviável no prazo que eu queria. Analisando bem, gastei muuuuuuuito menos e fui feliz fazendo meu intercâmbio de 1 ano na Irlanda.

Por “sorte” e planejamento, o único ajuste que tive que fazer foi no destino e algum tempo depois eu já estava embarcando.

Fazer um intercâmbio, é um investimento no valor de um carro. Talvez um carro velho, talvez um carro zero, dependendo da duração, destino e tipo de curso. Neste sentido, o negócio é adequar a sua realidade à sua motivação.

O que sempre digo sobre intercâmbio é: vá o mais rápido possível. Se tiver dinheiro, não importa quanto custa, vá já. Se não tiver, se planeje para o menor tempo possível, porque distrações não vão faltar.

Enfim… o importante é fazer o intercâmbio. Se é viável fazer apenas 1 mês, vá em frente. Se puder fazer um intercâmbio de 6 meses, excelente. Mas dinheiro normalmente não é o impeditivo, falta de planejamento que é.

5) Desafio do apego (quando mais perto chega, mais emocionalmente apegado você fica as coisas)

Ah o meu emprego… Ah o meu carro… Minha estabilidade… Minha carreira…

Peanuts!

DESAPEGA! Não é fácil… Eu parecia ter tudo: bom emprego, carro, viagens e baladas incríveis com os amigos, namorada.

Tudo isso é importante, mas: amigos de verdade serão sempre seus amigos, emprego é algo que se você se esforçar vai conseguir de volta, namoro se for para ficar vai resistir à distância (o meu resistiu) e o carro eu não vou falar nada, desapega de vez!

E um desafio extra do desapego: quanto mais perto fica da viagem, mais apego dá!
Não sei explicar o porquê (se tiver algum psicólogo que queira explicar ?) mas é fato que quando se aproxima o momento “perda”, o apego aumenta muito.

Sabe aquela vontade desistir de algo, por conta de outra possibilidade… Já sentiu? Eu sinto toda hora. Usualmente, suspiro, me encho de coragem e sento o pé!!! Faça o mesmo, não perca o foco.

6) Desafio da “perda” das oportunidades

“Ah, mas agora que ia sair minha promoção”… Ok, pode ser que você seja demitido também, não pode?

“Ah, agora encontrei a pessoa amada”… Ok, mas pode ser só mais uma paixão né?

Tudo nessa vida são possibilidades, chances. Tudo tem um percentual de chance de dar certo e outro tanto de dar errado.

Há um tempo atrás, em função de uma situação conjugal, eu defini uma coisa: vou decidir sempre pelo SIM!
É por aquilo que eu quero fazer.

7) Desafio de manter o foco em um projeto que usualmente leva tempo para construir

Todo projeto de longo prazo é suscetível a isso… É muito tempo e muuuuuuita coisa pode acontecer. Problemas reais ou desculpas honestas, que até já citei aqui, como promoção no trabalho, namoro, crise econômica e outras coisas.

Para mim, para eu conseguir manter o foco em algo que quero, a primeira coisa que faço é criar lembretes e rotinas. Eventualmente escrever bilhetes e colar no espelho de casa. Enfim, criar formas de me lembrar pela manhã qual deve ser o foco naquele dia!

Para vencer os desafios de fazer um intercâmbio: coloque no seu calendário!

Alguns amigos e conhecidos que vem me perguntar sobre intercâmbio, uma das primeiras coisas que faço é propor uma data limite. E eu mando um convite que fica no meu calendário e no da pessoa.

A dica aqui: COLOQUE UM PRAZO!

Uma coisa que aprendi nesta vida e que me ajudou muito a conseguir o que queria, foi colocar prazos claros e definir métricas para ver se realmente estou avançando.

Se o seu intercâmbio é seu sonho, sua prioridade, lembre-se disso todos os dias. O Intercâmbio & Viagem ajuda você com o resto ?

Conclusão sobre como fazer um intercâmbio

Depois disso tudo, você já não tem a desculpa de não saber como fazer um intercâmbio! Chegou a hora de colocar a mão na massa e começar a se planejar!

O mais importante é alinhar o seu objetivo, com seus gostos pessoais (ex. praia ou montanha) e o orçamento disponível! O que não falta é opção! E se quiser ainda pode simular os valores para os diversos destinos!

E ai, bora tirar o intercâmbio do papel?

Faça como mais de 70 mil pessoas: preencha o formulário abaixo e fale com as melhores agências do Brasil para planejar a sua viagem!